Fernando Rogala | Ponta Grossa | 04/01/2015 às 03:36h |
Com a virada do ano, novas taxas e reajustes entrarão em vigor aos ponta-grossenses. Maior impacto no orçamento será do IPVA, cujo valor terá um incremento de 40%
Passado o fim de ano, com os tradicionais gastos dessa época, agora os ponta-grossenses devem começar a fazer os cálculos com outras contas. Várias taxas terão reajustes, assim como o preço de impostos e mensalidades, e, para isso, economistas recomendam que haja um planejamento e cautela com as finanças desde os primeiros dias do ano, para evitar surpresas desagradáveis nos próximos meses.O maior dos reajustes, lembra o economista Emerson Hilgemberg, Doutor em Economia Aplicada e Chefe do Departamento de Economia da UEPG, é do IPVA, cuja alíquota crescerá do equivalente a 2,5% do valor do automóvel para 3,5%, o que representa, um reajuste de 40%. “O que subiu mais, disparado, foi o IPVA, em torno de 40%. No pagamento à vista, o desconto estar menor, representa dois apertos”, relata. Na prática o proprietário de um veículo avaliado em R$ 20.500, que pagaria R$ 512,15 no sistema de tributação antigo, agora terá que desembolsar R$ 717,39. A energia elétrica também estará mais cara: se a conta vir com a bandeira vermelha, o contribuinte terá de pagar R$ 3 a mais a cada 100 KWh consumido.
No IPTU, embora não haja reajuste na alíquota, mas a reposição da inflação – o que eleva o valor em 6,77% -, o preço pago pelos proprietários de 28 mil imóveis será superior que em 2014, tendo em vista que, através de uma fiscalização feita pelo sistema de georreferenciamento, foi constatada a ampliação no tamanho da área construída dessas 28 mil residências. Para os moradores ponta-grossenses ainda há o aumento de 6,8% na taxa do lixo; de 8,7% na taxa de iluminação pública e o Fundo Municipal de Reequipamento do Grupamento do Corpo de Bombeiros (Funrebom), que volta a ser cobrado, com a taxa anual variando de R$ 21 a R$ 71.
O preço médio das mensalidades das escolas particulares em Ponta Grossa terá reajuste de 9,8% em 2015. “A mensalidade escolar subiu mais que a inflação, e o material escolar será reajustado, junto com uma série de produtos, com o reajuste do ICMS. Então a ideia é pagar à vista o que for mais barato, com desconto maior, mas nunca tomar dinheiro emprestado ou entrar em cheque especial, porque fica mais caro. O ideal é guardar parte do 13º para fazer frente às despesas cada vez mais altas”, recomenda o economista.
Para se prevenir e otimizar os gastos mensais, a administradora Adriani Borsato Farias também administra suas contas e as da família. Ela coloca em uma planilha tudo o que é gasto. “Sempre fui assim, de planejar as coisas para poder acontecer; aprendi com meu pai, que tinha um comércio. O 13º, por exemplo, não é guardar o que sobra, mas planejar para ajudar no IPTU, IPVA, material escolar. Pagar a escola anualmente é bom para ter desconto, valor que, se deixasse na poupança, não renderia”, alerta. Para organizar as finanças, ela recomenda anotar todos os gastos. “E isso desde o lanche que faz, porque é nas pequenas coisas que está o segredo; tem gente que não vê quanto gasta ali”, conclui.
procura
Recomendação é pesquisar preços para economizar
Com os reajustes, não basta apenas pagar contas à vista. A administradora Adriani recomenda que haja uma economia em outros segmentos, com a pesquisa de preços entre os estabelecimentos antes das compras. “Um exemplo é que estávamos precisando de protetor solar. Fomos ao shopping, pegamos encartes de farmácias e, no mercado, encontramos dois pelo preço de um” diz. Diante do momento econômico do país, de estagnação, com elevação da taxa de juros e IPCA perto da meta, sem crescimento do PIB, Emerson Hilgemberg recomenda cautela para assumir contas a longo prazo, em função do desemprego. “A tendência é que tenha queda de emprego durante o ano. Convém ter cautela e não assumir dividas a longo prazo, principalmente quem está começando no emprego”.
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