quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Prefeitura desvincula taxa do lixo da fatura de água - JMNEWS.COM.BR VEICULOU A MATÉRIA POSTADA

Prefeitura quer manter metragem como base de cálculo da taxa do lixo

Prefeitura desvincula taxa do lixo da fatura de água

Além do projeto do passe livre, Câmara de Ponta Grossa vota manhã pedido de revogação da lei que atrela o cálculo da taxa de coleta do lixo ao consumo de água
Após questionamentos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Prefeitura de Ponta Grossa voltou atrás e desistiu de cobrar a taxa do lixo a partir do consumo de água dos contribuintes. O pedido de revogação da nova forma de cobrança será votado pelos vereadores na sessão extraordinária desta quinta-feira.
Aprovada em dezembro de 2013 junto ao aumento de 37%, a lei estabeleceria valores da taxa conforme o nível de consumo de água e passaria a valer neste ano. Além dos novos parâmetros, a cobrança poderia ser feita de maneira parcelada através da conta de água. Na ocasião, o secretário de Gestão Financeira Odaílton Souza alegou que o novo critério seria mais justo do que o cálculo a partir da metragem dos terrenos, como é feito atualmente. Até o fechamento desta edição, Souza não havia informado os motivos da revogação.
Caso o pedido de revogação seja aceito pelos vereadores na sessão extraordinária de amanhã, a ação direta de inconstitucionalidade (ADI) que tramita no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ) contra a lei terá o objeto reduzido. No ano passado, a OAB acatou o relatório da Comissão de Direito Tributário da subseção da entidade em Ponta Grossa e ajuizou a ADI para derrubar a nova forma de cobrança. O órgão havia apontado ilegalidade na criação de um imposto sobre o consumo de água no município. A entidade também argumentou a desvinculação da taxa com o fator gerador da cobrança, que é feita sobre os serviços de limpeza urbana.
O presidente da Comissão de Direito Tributário da OAB-PG, Daniel Prochalski, parabenizou a Administração Municipal pelo recuo. “Independente dos reais motivos, o importante é que a Prefeitura evitou que esse critério implicasse em cobranças injustas, violando o direito dos contribuintes”, disse. O advogado também afirmou que, com a revogação, a Prefeitura evitará despesas geradas por ações judiciais contra a nova base de cálculo da taxa do lixo.
A solicitação da Prefeitura para anular a lei já está sob análise das comissões do Legislativo e entra na pauta a partir das 10 horas desta quinta-feira.
REGRESSIVIDADE
Ação da taxa do lixo segue no TJ
Apesar do recuo do Governo Municipal, o presidente da Comissão de Direito Tributário da OAB-PG, Daniel Prochalski, explica que a ação direta de inconstitucionalidade (ADI) continuará a tramitar no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ). Ocorre que a nova forma de cobrança da taxa do lixo foi apenas uma das ilegalidades apontadas na ADI. “Reitero que remanesce o problema da regressividade, que é algo extremamente injusto, pois se cobra mais taxa por metro quadrado de quem possui imóveis menores”, lembra Prochalski.

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