quinta-feira, 3 de abril de 2014

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Criação

Jovens produzem fanzine nas aulas de História

Os fazines ficaram disponíveis para a leitura dos alunos no colégio Foto: Sandra Mara Maciel
Talita Moretto | Ponta Grossa | 03/04/2014 às 03:52h |
Revista com formato de mídia independente e amadora é apresentada a adolescentes que são estimulados a descrever movimentos históricos utilizando a livre expressão
O professor de Colégio Estadual Linda Salamuni Bacila, Marcelo Kloster, terminou o último semestre letivo de 2013 envolvendo os alunos do 3º ano do ensino médio na produção de fanzines, a fim de discutir temas relacionados à disciplina. As produções dos jovens ficaram disponíveis através de um suporte, em mural no corredor do colégio, como forma de compartilhar a ideia e as informações com todos que frequentam o espaço.
Para nortear o trabalho, Kloster preparou um material explicativo sobre as características e momentos de criação de um fanzine, produziu seu próprio exemplar para servir ao estudantes como exemplo e inspiração e exibiu o vídeo “Como fazer o fanzine”, disponível no Youtube (migre.me/iCo2S).
Os jovens abordaram em suas revistas os conteúdos de história contemporânea, como as Guerras do Vietnã, da Coreia, do Golfo, etc., além de destacarem o movimento Hippie, o Apartheid, o Movimento Negro Americano, a Ditadura Militar no Brasil, entre outros.
O termo “fanzine” originou-se da junção de fanatic (fã) e magazine (revista). Trata-se de uma publicação independente e amadora, quase sempre de pequena tiragem, e que aborda um único ou vários temas. Ativistas sociais e políticas, poetas e universitários são adeptos à ideia. “O fanzine se configura como uma mídia através da qual qualquer assunto pode ser abordado, de acordo com a vontade e a criatividade do seu produtor”, destaca Kloster ao justificar a escolha dessa técnica.
LITERATURA DE CORDELProfessor aborda conteúdos através de cordéis
A literatura de Cordel também foi trabalhada nas aulas de História do professor Marcelo Kloster. “O cordel se configura como uma mídia comum na região nordeste do Brasil, utilizada para contar histórias reais e fictícias, notícias, lendas, através de poesias com uma métrica característica e com grande alcance na população”, explica Kloster.
Após o estudo dessa forma de expressão, os alunos produziram seus próprios cordéis a partir de temas estudados em sala de aula. República Velha, Era Vargas, Escravidão e Brasil Colônia foram os assuntos abordados pelos estudantes.
“Apareceram excelentes trabalhos poéticos e a apresentação do conteúdo de História sob a forma de cordéis demonstrou entendimento do conteúdo”, conta o professor.

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