Sem a conclusão do Plano Diretor, vereadores de Ponta Grossa tira projeto que alteram zoneamento da gaveta e incluem mais de um quilômetro de vias em área comerciail
Com a demora na elaboração do Plano Diretor de Ponta Grossa, a Câmara Municipal desengavetou uma série de projetos que alteram o zoneamento do município e transformou mais de um quilômetro de vias em zona comercial, durante a sessão de ontem. As alterações permitem construções de empreendimentos de grande impacto de vizinhança em oito quadras da cidade.
Os projetos aprovados estavam parados desde o ano passado nas comissões internas do Legislativo, por recomendação da Secretaria de Planejamento. O Governo Municipal havia pedido cautela nas alterações e orientado que os vereadores aguardassem a conclusão do Plano Diretor pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Iplan).
Sem a apresentação do plano, os vereadores retomaram as discussões nesta quarta-feira. O vereador Antônio Laroca Neto (PDT) criticou a morosidade da administração municipal e defendeu a competência do Legislativo para promover as mudanças territoriais. “A verticalização urbana é necessária e, se eles (Iplan) não fizeram estas mudanças, esta Casa vai fazer. É competência, sim, dos vereadores fazerem estas alterações”, disse.
De autoria dos vereadores Alysson Zampieri (PPS), Sebastião Mainardes (DEM) e Walter de Souza – o Valtão (PROS), as novas zonas comerciais incluem quadras no Centro e no bairro Nova Rússia. Uma das áreas abrange as ruas Rio de Janeiro, Brasílio Ribas, Xavier da Silva e Coronel Solano, nas proximidades do barracão da antiga madeireira Carlos E. Artmann & Cia Ltda.
Segundo a legislação municipal, nos empreendimentos localizados nas zonas comerciais com mais de mil metros quadrados o número de pavimentos será livre. Para os vereadores, as modificações garantem o desenvolvimento urbano de Ponta Grossa. “É a prerrogativa do vereador fazer estas mudanças, que são para o desenvolvimento da cidade”, disse Delmar Pimentel (PP).
As novas zonas comerciais foram aprovadas pela maioria por parlamento. Apenas Aguinel Batista (PCdoB) se manifestou contra os projetos, que voltam à discussão na próxima segunda-feira.
PARLAMENTO
Alterações criam embate em PG
Embora a maioria do parlamento tenha aprovado as novas ilhas comerciais, a mudança no perfil das áreas gerou polêmica, uma vez que cerca de 100 projetos de zoneamento são alvos de um inquérito no Ministério Público do Paraná (MP). O impasse com o MP foi ressaltado pelo vereador Aguinel Batista (PCdoB), que votou contra as mudanças. Para o parlamentar, as mudanças territoriais devem ser precedidas de estudos técnicos sobre o impacto de vizinhança. “Essas alterações deveriam ser através do Plano Diretor, para evitar uma colcha de retalho no zoneamento”, afirmou. O vereador Delmar Pimentel (PP) discordou de Aguinel e lembrou que a análise é feita pelas comissões internas da Câmara. “Não precisamos nada da Prefeitura, para dizer se dá ou não dá para fazer”, alegou.
Com a demora na elaboração do Plano Diretor de Ponta Grossa, a Câmara Municipal desengavetou uma série de projetos que alteram o zoneamento do município e transformou mais de um quilômetro de vias em zona comercial, durante a sessão de ontem. As alterações permitem construções de empreendimentos de grande impacto de vizinhança em oito quadras da cidade.
Os projetos aprovados estavam parados desde o ano passado nas comissões internas do Legislativo, por recomendação da Secretaria de Planejamento. O Governo Municipal havia pedido cautela nas alterações e orientado que os vereadores aguardassem a conclusão do Plano Diretor pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Iplan).
Sem a apresentação do plano, os vereadores retomaram as discussões nesta quarta-feira. O vereador Antônio Laroca Neto (PDT) criticou a morosidade da administração municipal e defendeu a competência do Legislativo para promover as mudanças territoriais. “A verticalização urbana é necessária e, se eles (Iplan) não fizeram estas mudanças, esta Casa vai fazer. É competência, sim, dos vereadores fazerem estas alterações”, disse.
De autoria dos vereadores Alysson Zampieri (PPS), Sebastião Mainardes (DEM) e Walter de Souza – o Valtão (PROS), as novas zonas comerciais incluem quadras no Centro e no bairro Nova Rússia. Uma das áreas abrange as ruas Rio de Janeiro, Brasílio Ribas, Xavier da Silva e Coronel Solano, nas proximidades do barracão da antiga madeireira Carlos E. Artmann & Cia Ltda.
Segundo a legislação municipal, nos empreendimentos localizados nas zonas comerciais com mais de mil metros quadrados o número de pavimentos será livre. Para os vereadores, as modificações garantem o desenvolvimento urbano de Ponta Grossa. “É a prerrogativa do vereador fazer estas mudanças, que são para o desenvolvimento da cidade”, disse Delmar Pimentel (PP).
As novas zonas comerciais foram aprovadas pela maioria por parlamento. Apenas Aguinel Batista (PCdoB) se manifestou contra os projetos, que voltam à discussão na próxima segunda-feira.
PARLAMENTO
Alterações criam embate em PG
Embora a maioria do parlamento tenha aprovado as novas ilhas comerciais, a mudança no perfil das áreas gerou polêmica, uma vez que cerca de 100 projetos de zoneamento são alvos de um inquérito no Ministério Público do Paraná (MP). O impasse com o MP foi ressaltado pelo vereador Aguinel Batista (PCdoB), que votou contra as mudanças. Para o parlamentar, as mudanças territoriais devem ser precedidas de estudos técnicos sobre o impacto de vizinhança. “Essas alterações deveriam ser através do Plano Diretor, para evitar uma colcha de retalho no zoneamento”, afirmou. O vereador Delmar Pimentel (PP) discordou de Aguinel e lembrou que a análise é feita pelas comissões internas da Câmara. “Não precisamos nada da Prefeitura, para dizer se dá ou não dá para fazer”, alegou.
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