terça-feira, 11 de junho de 2013

Ana Maria reafirma que vai até a última instância para garantir o mandato - " doela a quem doela " - plantaodacidade.com.br veiculou a matéria postada

Ana Maria reafirma que vai até a última instância para garantir o mandato
Foto: José Aldinan
Expulsa do Partido dos Trabalhadores por decisão unânime do Diretório Estadual, e alvo de uma Comissão Parlamentar Processante na Câmara Municipal de Ponta Grossa, a vereadora Ana Maria Branco de Holleben se pronunciou na sessão desta segunda-feira, na Tribuna da Casa, para comentar sobre sua expulsão, no último sábado, e deixara claro que vai lutar pelo mandato que lhe foi conferido nas urnas, nas eleições do ano passado.
Ana é acusada de ter forjado o próprio seqüestro no primeiro dia de janeiro deste ano, para não comparecer à sessão especial para a escolha dos membros da Mesa Executiva da Câmara. O PT a expulsou, acatando parecer da Comissão de Ética, por ter denegrido a imagem da agremiação. A Comissão Processante foi criada com a aprovação de parecer de uma CPI que investigou o caso, apontando quebra de decoro parlamentar.
DesculpasA vereadora começou seu pronunciamento pedindo “desculpas” ao Partido dos Trabalhadores,  em tom irônico, dizendo: “Não sei se me  ajoelho, se mando uma carta, um telegrama, porque fui acusada de macular a imagem do partido”. E seguiu, no mesmo tom: “Um partido que nunca foi manchete por escândalos. Um partido que, em Ponta Grossa, nunca teve suspeita nenhuma, de desvio, de nota fria, nunca!”.
Também, “um partido que, quando entra numa campanha, faz uma campanha limpa, uma eleição limpa, íntegra, nos sindicatos. Partido que eu não conseguia sair, por conta que eu estava lá desde 1984 e não me via em outro local”. Lembrou se do tempo em que os filiados pagavam, “religiosamente”, uma mensalidade, para que o partido pudesse se constituir.
Declarou a vereadora entender que a ex-ministra Marina Silva tenha deixado o PT para fundar outra agremiação, lembrando que já foram excluídas do partido a senadora Heloísa Helena e Luiza Erundina.
MandatoSobre a possibilidade, ou possibilidades de perder o mandato na Câmara Municipal, já que o PT poderá reivindicar sua cadeira para o suplente, e a Comissão Processante propor sua cassação, Ana Maria de Holleben, avisou: “Pelo mandato, eu vou lutar até o fim. A luta continua”.
Não o JoaquimAna Maria falou que gostaria que seu caso chegasse às mãos do ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, “no STJ, ele iria rir tanto, que até suas dores de coluna iriam passar”. Ana errou, portanto.
Alias, em rede social na Internet, o advogado e ex-secretário municipal de Administração e Negócios Jurídicos, do governo petista de Péricles de Holleben Mello, Claudimar Barbosa da Silva, comentou que “a matéria é de competência do Tribunal Regional Eleitoral e não chegará, assim, ao STJ - Superior Tribunal de Justiça. Além disso, o Ministro Joaquim Barbosa é membro e atual Presidente do STF - Supremo Tribunal Federal”. E explicou que “a jurisprudência da Justiça Eleitoral enfatiza que a expulsão do partido não é causa de perda de mandato. Somente a desfiliação voluntária é considerada para tal fim”, aumentando, com isso, a responsabilidade da Comissão Processante da Câmara Municipal ao avaliar a quebra do decoro parlamentar por parte da vereadora.
Todos íntegrosFinalizou Ana Maria, comentando: “O PT não tem ninguém condenado, ninguém processado,  todos íntegros, honestos?”. Falando em sua dedicação ao mandato e ao PT, a vereadora disse que, quem mais sentiu a decisão do partido foi sua família. “Meus filhos estão mais tristes e preocupados do que eu, porque eles cresceram andando nos bairros, fazendo crescer o PT”.

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