A vida de uma associação de moradores se baseia na realização de um trabalho junto à comunidade. No entanto, na Vila Liane, as iniciativas se concentram apenas na figura do presidente, a população não participa, e a sede é utilizada para bazares.
A Associação de Moradores da Vila Liane não realiza reuniões com os moradores e, na maior parte do tempo, deixa suas portas fechadas. O intuito de uma associação é ter um representante da comunidade para ir até os órgãos públicos e requerer recursos que são necessários para a melhoria da qualidade de vida de todos os moradores. Mas não é isso que ocorre no bairro.
Para a associação existir de forma efetiva, é primordial a participação da comunidade. O presidente, Osni José dos Santos, que está à frente da associação há três anos, se mostra insatisfeito e afirma: “Não pretendo continuar no próximo ano”.
Segundo ele, tudo que o bairro conquistou foi porque ele foi atrás. “Eu não tenho apoio da população, eles não participam. E a Prefeitura também esquece da gente”.
De acordo com o presidente, em janeiro ele pediu ajuda à Prefeitura para realizar a reforma no telhado da sede e nas cercas. Mas o recurso não foi disponibilizado.
“A associação vive com o dinheiro dos bazares que acontecem vez ou outra e custam trinta reais”, explica. Porém, ele mesmo reconhece que não realiza reuniões para a população. “Eu sei que eles não vão aparecer”, afirma.
Os moradores, por sua vez, demonstram desconhecimento das atividades ligadas ao bairro e, ao mesmo tempo, reconhecem a importância das discussões. Joilson Martins, morador da Vila Liane, conta que, às vezes, ocorre movimentação na sede.
“Às vezes, tem bazar, e a gente vê o pessoal aí. Mas de reunião eu não sei nada. Se tem, eu nunca soube”, diz.
Vera Lúcia, moradora, reclama da falta de participação popular. “Dizem que as pessoas não participam, mas não tem onde participar. O bairro precisa de muita coisa ainda para melhorar e temos que aproveitar a sede que tem aqui”, destaca.
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