Editorial
Publicado em 29 de Agosto de 2012, às 00h00min | Autor: Da Redação
Uma bomba relógio chamada cadeia pública de Ponta Grossa
Em uma matéria jornalística aprofundada, contextualizada e oportuna por ter conseguido reproduzir com fidelidade a atual realidade do Presídio Hildebrando de Souza
Em uma matéria jornalística aprofundada, contextualizada e oportuna por ter conseguido reproduzir com fidelidade a atual realidade do Presídio Hildebrando de Souza, publicada na edição dessa terça-feira, o Jornal da Manhã chamou a atenção das autoridades para o grave problema da superlotação carcerária e de suas consequências. São 172 vagas para abrigar mais de 500 criminosos. Em cenário como este, não existe administração eficiente. Existe sim o risco de rebeliões.
Até quando Ponta Grossa terá que conviver com este tipo de risco? Será que vidas deverão ser sacrificadas para que as providências aconteçam? Como se sentem os moradores ao arredor da unidade prisional? Quais são as condições psicológicas dos policiais militares, civis e os auxiliares de carceragens que enfrentam este perigo diariamente? A luz de alerta acendeu. O preso exige condições dignas e humanas para o cumprimento da pena. Em situação diferente, mobiliza-se no sentido de fazer valer seus direitos, nem que isso custe a vida de terceiros.
Ontem, à tarde, houve um princípio de motim, dentro e fora da cadeia. Internamente os presos bateram grade. Na parte externa, mulheres se manifestaram contra as atuais condições do cadeião. Numa operação da PM foram capturados celulares em celas. Os aparelhos, segundo a polícia, eram usados por presidiários para ordenar crimes na cidade. Nesses delitos incluem-se tráfico de entorpecente, homicídio, roubos, entre outros.
A descrição do ambiente é a pior possível. Presos dormem um sobre o outro em celas apertadas. Banheiros se transformaram em quartos. O prédio é insalubre. Há doentes mentais, portadores do vírus HIV e uma legião de usuários de entorpecentes que não recebem tratamento médico. A tuberculose é uma ameaça real. Tem criminoso que já foi condenado e por falta de vaga no Sistema Penitenciário disputa espaço com presos provisórios. A promiscuidade também é grande. A violência sexual ocorre livremente. Não há humanidade.
A sociedade exige um basta. Não tolera mais discursos. O prazo de validade do “cadeião do Santa Maria” já se esgotou há muito tempo. A prisão perdeu a funcionalidade, não ressocializa, e até pelo contrário: é uma escola de formação de bandidos. A construção da Casa de Custódia é uma necessidade. As lideranças, assim como as autoridades policiais, com o apoio de juízes e promotores, da Pastoral Carcerária, do Conselho da Comunidade e do Conselho Comunitário de Segurança, devem pressionar o governo estadual e federal para a liberação de verba. Fica o alerta.
Até quando Ponta Grossa terá que conviver com este tipo de risco? Será que vidas deverão ser sacrificadas para que as providências aconteçam? Como se sentem os moradores ao arredor da unidade prisional? Quais são as condições psicológicas dos policiais militares, civis e os auxiliares de carceragens que enfrentam este perigo diariamente? A luz de alerta acendeu. O preso exige condições dignas e humanas para o cumprimento da pena. Em situação diferente, mobiliza-se no sentido de fazer valer seus direitos, nem que isso custe a vida de terceiros.
Ontem, à tarde, houve um princípio de motim, dentro e fora da cadeia. Internamente os presos bateram grade. Na parte externa, mulheres se manifestaram contra as atuais condições do cadeião. Numa operação da PM foram capturados celulares em celas. Os aparelhos, segundo a polícia, eram usados por presidiários para ordenar crimes na cidade. Nesses delitos incluem-se tráfico de entorpecente, homicídio, roubos, entre outros.
A descrição do ambiente é a pior possível. Presos dormem um sobre o outro em celas apertadas. Banheiros se transformaram em quartos. O prédio é insalubre. Há doentes mentais, portadores do vírus HIV e uma legião de usuários de entorpecentes que não recebem tratamento médico. A tuberculose é uma ameaça real. Tem criminoso que já foi condenado e por falta de vaga no Sistema Penitenciário disputa espaço com presos provisórios. A promiscuidade também é grande. A violência sexual ocorre livremente. Não há humanidade.
A sociedade exige um basta. Não tolera mais discursos. O prazo de validade do “cadeião do Santa Maria” já se esgotou há muito tempo. A prisão perdeu a funcionalidade, não ressocializa, e até pelo contrário: é uma escola de formação de bandidos. A construção da Casa de Custódia é uma necessidade. As lideranças, assim como as autoridades policiais, com o apoio de juízes e promotores, da Pastoral Carcerária, do Conselho da Comunidade e do Conselho Comunitário de Segurança, devem pressionar o governo estadual e federal para a liberação de verba. Fica o alerta.
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