quinta-feira, 30 de agosto de 2012

SACOLEIROS DESCOLADOS - NY - GAZETADOPOVO.COM.BR VEICULOU A MATERIA

Divulgação
Divulgação / Turistas têm 10% de desconto na Macy’s, mediante apresentação de cartão fornecido pela loja Turistas têm 10% de desconto na Macy’s, mediante apresentação de cartão fornecido pela loja
Consumo

Nova York chama às compras


Preços vantajosos e descontos fantásticos fazem do comércio da Big Apple o destino dos sacoleiros descolados

Publicado em 30/08/2012 | Gabriel Azevedo


Nos corredores dos outlets ou na glamorosa Quinta Avenida, os verbos caminhar, olhar, entrar, experimentar, comprar e sorrir se complementam. Nova York, a maior cidade dos Estados Unidos, parece ter sido projetada para o consumo e convida o turista a gastar o que tem e o que não tem.
Qualquer um que desembarca na cidade se impressiona: uma infinidade de produtos – sapatos, roupas, eletrônicos, acessórios e perfumaria –, com preços de 20% a 50% mais baratos do que no Brasil, ainda que o dólar permaneça na casa dos R$ 2. E, com algumas dicas, é possível economizar ainda mais nas compras em Nova York.
Manual do sacoleiro
Um pouco de planejamento deixa a viagem de compras em Nova York mais vantajosa
Antes
• Ainda no Brasil, uma lista de compras pode reduzir muito a permanência nas lojas. Assim também fica mais fácil pesquisar e comparar os preços dos produtos na internet. Algumas lojas oferecem bônus de desconto para impressão nos sites, prática muito comum nos EUA.
• Para não carregar dinheiro, a dica é usar um cartão de débito pré-pago (Visa Travel Money, Mastercard ou Amex Global Travel Card). Ele permite saque em caixas eletrônicos e pode ser recarregado do Brasil. Taxas cobradas sobre gastos no cartão de crédito (6,38% de IOF) e a cotação do dólar na emissão da fatura tornam a forma de pagamento pouco vantajosa.
Durante
• A apresentação de recibos e etiquetas garante a troca do produto no ato, sem cobrança de taxas, e até a devolução do dinheiro. Também podem ser usados para reembolso da diferença de preço do que foi adquirido na véspera e que tenha entrado em liquidação no dia seguinte. Alguns itens não podem ser trocados devido ao baixo preço, tipo “bota fora”, identificados com o aviso de final sale (venda final).
• É possível comprar pela internet e solicitar a entrega dos produtos no hotel, desde que observada a idoneidade da loja e a segurança do site.
• Além dos tamanhos das roupas e sapatos, que devem ser provados nas lojas, os equipamentos eletrônicos precisam ser testados no hotel. A troca é fácil, em caso de defeito.
Depois
• Mesmo com metrô de boa qualidade e segurança razoável à noite, convém evitar transitar com muitas sacolas pela rua. Taxistas esperam pelos clientes nas portas das lojas e o preço da corrida compensa o conforto e a segurança na volta ao hotel.
• A franquia de bagagens para viagens entre o Brasil e os Estados Unidos é de duas malas de 32 quilos cada, por passageiro. Na classe executiva, pode chegar a três. Os volumes excedentes podem custar de US$ 75 a US$ 225 por unidade.
• O brasileiro pode trazer até US$ 500 em produtos sem declarar à Receita Federal. Também estão liberadas compras até US$ 500 dólares nos Dutys Free, tanto daqui, quanto de lá. Grandes volumes de malas chamam a atenção dos fiscais. Melhor declarar o excedente do que correr o risco de flagrante e pagamento de multa.
Pacotes para NY
• Seis noites em Nova York, saída de Curitiba, voando TAM. Inclui passagens aéreas, hospedagem no hotel Pennsylvania, em Manhattan, sem café da manhã. A partir de R$ 5.023,31 por pessoa. Na TAM Viagens, fone 0800 555 200 ou pelo site www.tamviagens.com.br
• Cinco noites em Nova York, saída de Guarulhos, voando TAM. Inclui passagens aéreas, hospedagem no hotel Z, no Queens, café da manhã e traslado. A partir de R$ 4.820 por pessoa. Na CVC, fone (41) 3345-4790 ou pelo site www.cvc.com.br
• Seis noites em Nova York, saída de Curitiba, voando TAM. Inclui passagens aéreas, hospedagem no hotel Roosevelt, em Manhattan, sem café da manhã. A partir de US$ 1,9 mil por pessoa. Na Decolar.com, fone 4003-9444 ou www.decolar.com
• Quatro noites em Nova York, saída de Curitiba, voando TAM. Inclui passagens aéreas, hospedagem no Astor on the Park, traslado, city tour em Uptown e Downtown, assistência viagem. A partir de US$ 1.872 por pessoa. Na Interlaken Viagens e Turismo, fone (41) 3019-3599 ou www.interlakenturismo.com.br
Gasto
US$ 6 mil por viagem é a média de gasto do turista brasileiro, de acordo com dados do Departamento de Comércio dos EUA. O Brasil é o terceiro país emissor de turistas para os Estados Unidos, depois da China e do Japão. Só no ano passado, a embaixada e os consulados americanos no Brasil emitiram quase um milhão de vistos, o que representa um aumento de 57% em relação a 2010.
“New Jersey (a 20 min de NY) tem lojas com todas as marcas famosas e com peças da penúltima temporada, por isso bem baratos”
Bilbatson Bueno, pelo site do Caderno de Turismo
“Além dos preços ultra-atrativos [no Woodbury e New Jersey], o turista ainda recebe um caderno de descontos mediante apresentação do passaporte”.
Edmilson Cardoso, pelo site do Caderno de Turismo
FOTOS: Mais imagens do comércio em NY
VÍDEO: Dicas especiais com agente de viagens especializado
Os outlets, localizados a uma hora de Manhattan, reúnem até trezentas lojas de diferentes marcas. No New Jersey Gardens, por exemplo, o cliente tem à disposição 270 estabelecimentos para comparar os preços do mesmo produto, o que não dá para fazer em lojas como Apple, Nintendo e outras que comercializam apenas um fabricante.
Outlets fora da ilha também torram estoques antigos com preços baixíssimos, sem cobrança de impostos. Isso acontece porque o comerciante norte-americano paga tributo sobre o estoque. Então, é melhor vendê-lo a preço de banana do que guardá-lo. No comércio de Manhattan, o consumidor paga uma taxa de 9% na compra de qualquer produto. E não há como o turista reaver os impostos, como acontece na Europa e na Argentina.
Quer economizar mais? A dica é viajar em datas próximas a feriados, como Natal, Dia de Ação de Graças e outros. Assim como no Brasil, também há muita promoção por lá nessas épocas do ano.
Orçamento
Não há coisa mais fácil durante uma viagem do que gastar além do programado. E se o destino for Nova York, o descontrole é quase certo. Para evitar desperdícios e gastos desnecessários, o ideal é focar nas compras. No New Jersey Gardens ou no Woodbury Common Premium, em Central Valley, por exemplo, não adianta levar crianças. Não há espaços reservados para elas, e o tédio é certo.
Outro detalhe importante é quanto ao tamanho das peças de roupas. Antes de sair do Brasil, é possível converter as medidas para a biometria usada nos EUA. Os tamanhos de roupas e calçados são diferentes até entre as marcas americanas: um XL (Extra Large) da Armani pode ser um L (Large) da Levi’s. Para crianças, a dica é comprar tamanhos um pouco maiores. No caso dos sapatos, um desenho da forma do pé em uma folha de papel ajuda a escolher os modelos. As calças têm a numeração da largura e do comprimento. É muito comum ver gente usando fita métrica nas lojas. Não é nada cafona.
Nem o idioma vai impedir o viajante de gastar nos EUA. Quem não fala inglês também consegue se comunicar com os vendedores, quase todos latinos. Mesmo o americano é disposto e atencioso no atendimento: para garantir uma venda, ele fará tudo para entender o turista.
A maior liquidação do comércio
Em qualquer época do ano, comprar nos Estados Unidos é sempre vantajoso. Mas em uma data especial os comerciantes derrubam todos os preços, de todos os produtos, sejam lançamentos ou não. É a Black Friday, maior liquidação de varejo do país, que neste ano será realizada no dia 30 de novembro, um dia após o feriado de Ação de Graças. A megaliquidação também é um termômetro econômico: é usada para medir a disposição do consumidor em gastar e seu poder aquisitivo para o fim do ano.
A Black Friday é o dia de maior movimento nas lojas norte-americanas. Nesta data, que abre a temporada de Natal, os descontos são tão atraentes (de 50% a 80%) que, na véspera, os consumidores armam barracas para dormir nas calçadas em frente às lojas. De madrugada, os funcionários distribuem senhas para os produtos mais concorridos.
Para quem não gosta de estresse, não é o melhor dia para estar nas grandes cidades americanas. Os mais animados não dispensam a maratona de consumo e encaram o movimento em lojas muito tumultuadas, onde um produto de US$ 500 pode ser encontrado por US$ 200. No entanto, é preciso ter cuidado: os melhores preços, normalmente, são para americanos, e não para turistas.
A Black Friday é realizada em todo o país. Em algumas cidades, como Orlando, na Flórida, a invasão dos brasileiros é tão grande nesta época do ano que muitas lojas e outlets oferecem serviços em português, inclusive contratando vendedores brasileiros.
O mapa dos bons negócios
Algumas lojas e lugares que não podem ficar fora do roteiro de compras

B&H Photo: Para os apaixonados por câmeras fotográficas, a B&H Photo é o lugar certo. Quase um ponto turístico de Nova York, a loja tem uma variedade incrível computadores, equipamentos de vídeo, produtos de som e máquinas fotográficas. É possível comprar uma Polaroid por US$ 65. Outra vantagem é o atendimento personalizado: os vendedores são especialistas em imagem e alguns até falam português. Não abre aos sábados e em feriados judaicos. Fica na 420, 9th Avenue. Informações: www.bhphotovideo.com
Macy’s: Uma das maiores lojas de departamentos dos Estados Unidos, a Macy’s é o paraíso dos consumistas. Em Nova York, a loja tem nove andares de roupas, artigos para casa, sapatos, bolsas, bijuterias, roupas para crianças. Turistas devem solicitar seu cartão no centro de informações, que dá 10% de desconto (equivalente ao imposto), inclusive em cima de preços já reduzidos. Fica na 14, West 34th Street. Informações: www.macys.com
Century 21: Se a ideia é gastar pouco, melhor evitar a Century 21. A loja de departamentos reúne artigos de toda ordem, com excelentes descontos. O lugar é sempre cheio e o atendimento não dá conta de todo mundo. Fica na 22, Cortlandt Street. Informações: www.c21stores.com
Best Buy: Rede especializada na venda de eletrônicos, de celulares a televisores e aparelhos de som. Sempre tem algum produto em promoção. Também há álbuns de música e DVDs de filmes que dificilmente são encontrados no Brasil. São dez lojas em Nova York e eles entregam no hotel. Fica na 1, Union Square (na esquina da 14th St. com a Fourth Avenue). Informações: www.bestbuy.com
Quinta Avenida: O endereço comercial mais famoso do mundo reúne as melhores grifes do mercado. A impressão é que o consumidor paga apenas para olhar a vitrine, mas há marcas com preços acessíveis. O destaque é a Apple Store. Aberta 24 horas, todos os dias do ano, a entrada é um cubo de vidro que já virou atração turística.
H&M: A loja H&M é o lugar para comprar roupas boas, modernas e baratas, para homem, mulher e criança. Tem vestuário e acessórios. A rede tem mais de 2 mil lojas pelo mundo e há notícias de que vai chegar no Brasil ano que vem. São dez endereços em Nova York, inclusive na Quinta Avenida com a 42 Street. Informações no site www.hm.com/us.
O jornalista foi a convite da agência de receptivo Yellow Bus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário