sexta-feira, 20 de abril de 2012

AOS PÉS DO GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO.

Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma.
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma.
E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até o fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.”
(Fernando Pessoa)

A entrada no castelo da perfeição
não é feita por convite, pela beleza ou riqueza.
Há que se ter lapidação da alma
e do templo em construção.
O homem deve ser como a pedra polida
nascer bruto, multifacetado e instável
e buscar seu polimento na luz e na harmonia,
perceber as impressões sensoriais,
concluir o hexagrama da natureza
arquitetar seus detalhes
e desenvolver sua escultura em sangue, suor e pureza.

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