quarta-feira, 29 de maio de 2013

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Denúncia de suborno marca instalação de Comissão Processante contra Ana Maria

Os vereadores aprovaram hoje pela manhã, em sessão extraordinária, por 19 votos favoráveis e uma abstenção, a instalação da Comissão Processante por infração político-administrativa, que pode resultar na perda do mandado da vereadora Ana Maria de Holleben (PT), acusada de forjar o próprio sequestro. A Comissão Processante foi requerida pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou o caso da vereadora Ana Maria.
O vereador Valter de Souza – “Valtão” (DEM) não compareceu, alegando problemas de saúde. Já os suplentes do vereador George Luiz de Oliveira (MD), Delmar Pimentel (PP), e do vereador Sebastião Mainardes Júnior, Valdir Proroki – “Valdir da Van” (ambos do DEM), não compareceram e nem justificaram a ausência. O suplente da vereadora Ana Maria, José Nilson Ribeiro – “Nilsão” (PT), se declarou impedido de votar e se absteve. Ele explicou que o seu voto poderia caracterizar interesse e a votação correria o risco de ser anulada.
Votaram favorável à instalação da Comissão processante os vereadores Adélia de Souza (PSD), Aliel Machado (PC do B), Altair Nunes Machado – “Taíco” (PTN), Antonio Aguinel (PC do B), Daniel Milla (PSDB), Pastor Ezequiel Bueno (PRB), Francisco Valentim Filho – “Baixinho” (PDT), Jorge Magalhães – “Jorge da Farmácia” (PDT), Júlio Küller (PSD), Pastor Luiz Bertoldo (PRB), Luis Cosentino (MD), Márcio Schirlo (PSB), Marcelo Barros – “Professor Careca” (PT), Maurício Silva (PSB), Paulo Balancim (PTB), Rogério Quadros (PMDB), Rogério Mioduski (MD), Romualdo Camargo (PSDC) e Valdenor Paulo do Nascimento – “Cenoura” (PSC).
A Comissão Processante foi composta pelos vereadores Márcio Schirlo, presidente, Rogério Mioduski (MD), relator, e Júlio Küller (PSD). Os membros foram definidos por sorteio entre os vereadores aptos – os impedidos são aqueles que oferecem a denúncia (membros da CPI) e a investigada –.
A sessão foi paralisada por duas vezes por conta do suplente do vereador Antonio Laroca Neto, Francisco Valentim Filho – “Baixinho” (ambos do PDT). Na primeira vez devido ao atraso do vereador na sessão e, na segunda vez, pelo tumulto após “Baixinho” ter feito uma denúncia contra Ana Maria e o motorista da Câmara Municipal, Reginaldo da Silva Nascimento – também envolvido no suposto falso sequestro –, de suborno para que não comparecesse à votação.
“Baixinho” inicialmente fez críticas ao PDT na tribuna da Câmara, alegando ter sido pressionado pelo partido para votar pela instalação da Comissão Processante. “Vocês, o partido, não podem exigir nada de mim, porque não cumprem comigo que era o rodízio, ficar 30 dias. Já pensou eu vendendo vassoura ficar aqui trinta dias para ganhar o meu dinheirinho e botar no bolso. O vereador ‘Jorge da Farmácia’ disse que abriria mão e cumpriria comigo. Estou analisando. O PDT deveria deixar votar pela cabeça da gente. Se não vão cumprir comigo, não tenho o compromisso de cumprir com o partido”, afirmou. Ele também criticou o relatório da CPI. “Um relatório capenga. Uma CPI que não chegou a lugar nenhum. Tem coisas mais importantes para serem resolvidas nesta cidade. A Ana Maria é mais uma vítima”.
DENÚNCIA – Em seguida “Baixinho” fez uma denúncia, que segundo ele, o fez mudar de voto. Ele denunciou que foi procurado pelo motorista da Câmara Municipal, Reginaldo Nascimento, e pela vereadora Ana Maria, que teriam lhe oferecido R$ 50 mil para que não comparecesse à votação. “Baixinho” colocou à disposição os seus telefones celulares para comprovar o registro das ligações.
“Baixinho” disse que foi levado por Reginaldo até a casa da vereadora Ana Maria ontem pela manhã. “Ela quis me comprar. Eram R$ 20 mil ontem, um cargo para mim ou o meu filho e R$ 30 mil durante a semana”, acusou. A assessora da vereadora, Lismary Aparecida de Oliveira, interviu e disse que “Baixinho” quem foi até a casa de Ana Maria pedir dinheiro. “O senhor foi lá pedir e ela disse para o senhor que não tinha como e queria que corresse normalmente”, rebateu. Hoje pela manhã, minutos antes da sessão, “Baixinho” disse que Reginaldo esteve novamente em sua residência oferecendo o suborno.
“Baixinho” alegou que através de câmeras de vigilância é possível comprovar que a vereadora esteve em duas oportunidades lhe procurando em seu ponto de trabalho ontem, na Vila Estrela. Ele informou que não pretende procurar a polícia para formalizar a denúncia.
Ao final da sessão, o vereador Rogério Quadros (PMDB) denunciou que também foi procurado em sua casa por Reginaldo ontem à noite, mas que não o recebeu.

Reginaldo confirma encontros, mas nega oferta de suborno

José Aldinan/CM
Reginaldo classificou como “armação e circo” a acusação feita por “Baixinho” para que a Comissão Processante fosse aprovada

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