terça-feira, 28 de maio de 2013

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Parentes de detentos acusam PMs de agressão


Publicado em: 28/05/2013 - 00:00 | Atualizado em: 27/05/2013 - 19:25

Patrícia Biazetto
 
Parentes de detentos manifestaram mais uma vez em frente ao Fórum de Justiça de Ponta Grossa, no início da tarde de ontem. Elas afirmam que policiais militares foram os responsáveis pelas agressões sofridas pelos presos da Cadeia Pública Hildebrando de Souza, na última sexta-feira, quando sete precisaram de atendimento hospitalar.
Uma das mulheres que participou da manifestação – que não quis se identificar – diz que, nas visitas realizadas neste final de semana, elas puderam constatar o resultado das agressões. “Meu irmão estava cheio de lesões”, lamenta. Já outra afirma que os detentos foram agredidos por policiais militares, incluindo o Pelotão de Choque. “Eles ficaram das 8 horas às 10 horas de sexta-feira só de cueca, com frio, até que fizessem as transferências. Depois foram arrebentados pelos policiais, que disseram ser uma resposta da rebelião que aconteceu em abril. Os policiais bateram neles com cacetete, chutaram eles e insultaram os parentes dos detentos”, comenta.
O integrante da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Francisco Gomes, também esteve no Fórum, e falou sobre o fato da comissão não ser chamada para participar da operação pente-fino. “Considero estranho o fato de não nos chamarem, mas vou propor de conversarmos diretamente com os presos para sabermos o que de fato aconteceu naquele dia”, acrescenta. 
Algumas das mulheres estavam com fotos dos presos agredidos. As imagens foram entregues ao juiz da Vara de Execuções Penais (VEP), Antônio Acir Hrycyna, que não quis falar com a imprensa a respeito das acusações. O diretor do Cadeião, Bruno Propst, também teve acesso às imagens e reafirma que, na última sexta-feira, os detentos brigaram entre si,sendo que a motivação seria as transferências de alguns colegas. No mesmo dia, segundo ele, foi realizada uma operação pente-fino no local. A briga, segundo o diretor, teria começado após o almoço e, no final do dia, os mais feridos foram encaminhados para atendimento hospitalar. “Vamos acionar o setor de inteligência para investigar se houve algum tipo de excesso por parte da Polícia Militar, que foi acionada com dois dias de antecedência para participar das transferências dos presos. Se tivéssemos alguma coisa para esconder não iríamos liberar as visitas no final de semana. Eu desconfio dessas informações repassadas pelos familiares dos detentos”, comenta.
Já o tenente Delalibera, da Polícia Militar, rebate as acusações dos familiares dos presos. Segundo ele, em torno de 50 policiais militares participaram das transferências dos presos, como também da operação pente-fino. “Em nenhum momento houve agressões ou intimidações, apenas usamos as técnicas necessárias para que os ânimos não se alterassem”, diz.
CONFUSÃO
Na última sexta-feira, o Cadeião foi palco mais uma vez de confusão e tumulto. Presos das galerias 1,2,3 e 4 se desentenderam e teve início uma briga. Cinco deles ficaram feridos e precisaram ser socorridos pelo Siate. A Polícia Militar também foi acionada para conter os ânimos. A motivação, segundo o diretor do Cadeião, foi a transferência de detentos.
 
Fábio Matavelli
Mulheres manifestaram na tarde de ontem em frente ao Fórum de Justiça de Ponta Grossa  e mostraram fotos das agressões sofridas pelos detentos

 

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