A meta é atingir 100% das detentas da unidade, que somam hoje 380 presas, mas inicialmente serão ofertados cursos para 25% delas, que são as que já estão inseridas na escolarização, porque é necessário um conhecimento mínimo para participação nos cursos.
A diretora da Penitenciária Feminina, Rita de Cássia Naumann, disse que a inauguração deste espaço faz parte do tratamento penal, visando a ressocialização e consequentemente a remição da pena. Isso porque a cada 12 horas de treinamento os detentos recebem um dia de remição de pena, além de serem qualificados para o mercado de trabalho.
Para a Coordenação de Educação, Qualificação e Profissionalização de Apenados da Secretaria, a implantação da Sala Virtual ampliará as oportunidades educacionais às detentas pois, além dos cursos do Instituto Mundo Melhor, também poderão ser ofertados cursos de qualificação, aperfeiçoamento e graduação a distância em parceria com Rede de Qualificação Profissional.
Segundo a secretária, trata-se de mais uma ação de ampliação das possibilidades de estudo para os presos do sistema penitenciário paranaense. Hoje, 52,39% dos presos sob custódia da Secretaria da Justiça estão em atividades de estudo.
Maria José dos Santos (26), presa há seis anos, com mais dois para cumprir, estava entusiasmada com a inauguração porque será uma das alunas que vai fazer os cursos. “Nunca tive essa oportunidade e vou aproveitar porque vou poder sair com noção do que vai ser enfrentar o mundo lá fora de novo”.
Segundo o mantenedor do Instituto Mundo Melhor, Márcio Pauliki, por meio dessa ação mais de 30 detentos do regime semiaberto do Paraná já concluíram cursos on-line de capacitação em diversas áreas e outros 100 estão em treinamento. “Os cursos de qualificação dão uma nova chance aos detentos do sistema penitenciário e reduzem o risco de que voltem a praticar delitos ao serem reinseridos na sociedade”, disse Pauliki.
A capacitação integra as ações e projetos desenvolvidos pelo Programa para o Desenvolvimento Integrado (PDI/Cidadania), da Secretaria da Justiça. Os módulos de 60 horas em média abrangem temas como noções de informática, empregabilidade, governança doméstica, gestão de negócios, entre outros, e são certificados academicamente pela Faculdade União – Grupo Kroton Educacional. O convênio segue até 2017 e não tem custo para o Estado.
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