sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

LIBERTADORES - ATLÉTICO VENCE A PRIMEIRA NA FASE DE GRUPOS - gazetadopovo.com.br veiculou

Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Albari Rosa/ Gazeta do Povo / Adriano em campo com a camisa 30 do Atlético, marcando seu retorno ao futebol e à boa forma física após 711 dias sem jogarAdriano em campo com a camisa 30 do Atlético, marcando seu retorno ao futebol e à boa forma física após 711 dias sem jogarLibertadores

Na Vila, Atlético resgata o Imperador

Após 711 dias afastado dos gramados, Adriano retorna ao futebol e rouba a cena na vitória por 1 a 0 do Atlético sobre o The Strongest
14/02/2014 | 00:03 | Ana Luzia Mikos
A estreia do Atlético na fase de grupos da Libertadores durou até os 40 minutos e 29 segundos da segunda etapa. A partir desse instante, ficou em segundo plano a tão importante vitória por 1 a 0. Poucos prestaram atenção nas derradeiras investidas do The Strongest atrás do empate. E, após uma partida burocrática, a Vila Capanema virou palco de outro momento épico, como havia acontecido há uma semana, na classificação sobre o Sporting Cristal. Um está­­dio inteiro de pé a aplaudir a nova tentativa de resgatar a vida e a carreira de um ídolo mundial.
Com o coro de “Oh, o Im­­perador voltou” e milhares de silenciosos votos de boa sorte, Adriano encerrava um jejum de 711 dias longe dos gramados e colado no descrédito, confusões e polêmicas. Bastou ele pisar no castigado campo do Durival Britto para o zagueiro brasileiro do Strongest, Jeferson Lopes, fazer questão de cumprimen­­tá-lo. Reverência que o craque merece. Um retorno exaltado na imprensa internacional. Um privilégio para as 11.731 pessoas presentes no estádio.
Nunca na carreira do jogador, que reinou na Itália, se destacou na seleção brasileira, foi campeão pelos dois maiores clubes do Brasil – Flamengo e Corinthians – pouco importou não ter feito nem uma jogada sequer.
“É a primeira vez de verdade [risos]. Mas só de entrar em campo. Poder me sentir um jogador de futebol de novo. Correr um pouquinho. Foi muito importante pra mim”, reconheceu Adriano, 31 anos, novo camisa 30 do Atlético.
Foram 7 minutos e uma gratidão eterna. “Nunca mais vou esquecer. Nunca, Nunca”, decretou o jogador. No rol dos agradecimentos destinados à torcida rubro-negra, ao clube, à família, a voz do Imperador falhou. “Depois de tanta coisa que passei, estar vestindo a camisa de um clube em uma competição tão importante como a Libertadores... Estou muito emocionado”, afirmou, antes de pedir um pouco de paciên­­cia. “Ainda falta muito. O ritmo de jogo é fundamental”, ponderou.
“Não podemos fazer avaliação porque foi muito curto. O mais importante é a sensação que ele teve, sua volta aos campos e a alegria”, comentou o técnico do Furacão, Miguel Ángel Portugal.
E não é só ao comandante rubro-negro que Adriano espera agradar. Após o diretor de futebol do Atlético, An­­tônio Lopes, fazer um alerta a Luiz Felipe Scolari para as chances de o atacante resgatar também a amarelinha, caso recupere o anti­­go desempenho, o próprio jogador assumiu esse desejo – contagiado pelo retorno ao futebol e pela recuperação da forma física. Antes da partida ele já havia postado no Twitter uma foto sem camisa diante do espelho, sem os tantos quilos a mais que o incomodavam.
“Se for impossível [a seleção], é melhor desistir. Quando pensei que era impossível voltar por causa das contusões, hoje estou aqui. Quem sabe Deus me abençoa”, disse a mais nova e atleticana versão do Imperador.

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