Somente Péricles, Pauliki e Leandro comparecem ao primeiro debate em PG
Durante o encontro, que foi dividido em seis blocos, os candidatos tiveram poucos momentos de embate. Alfeu Mansani, Krystofer Banach e Marcelo Rangel não compareceram
Para Pauliki, que abriu o debate, o prefeito de uma cidade importante como Ponta Grossa, tem a obrigação de ser um bom administrador e saber planejar. “Não adianta nada o Município ter recursos, mas não saber como investir direito. Fazer obras, mas não coloca-las para funcionar. E o pior de tudo, não resolver os problemas daqueles que sofrem nas filas da saúde, com a falta de segurança, com um transporte público insuficiente e tantas outras dificuldades que afetam a vida da nossa gente”, disse o pedetista. “Penso que a política é um instrumento, uma ferramenta para poder fazer mais pelas pessoas. Foi por isso que eu decidi entrar, enfrentar o velho jeito de fazer política e colocar a minha experiência em administrar a serviço da nossa cidade. Ponta Grossa é uma cidade que vem registrando um grande crescimento e vivendo um novo ciclo. Mas todo este desenvolvimento tem colocado o Município frente a novos desafios. Tem uma economia forte, uma arrecadação fiscal, o empreendedorismo natural da nossa gente, mas tem uma desigualdade social muito grande”, completou Pauliki.
Em seguida Péricles citou as ações ao tempo que governou a cidade (2000 a 2004). “Há oito anos terminei o meu primeiro mandato como prefeito de Ponta Grossa. Foi um ciclo diferente na história da cidade. Fizemos um governo com a participação popular intensa, reunindo milhares de pessoas com orçamento participativo. Um governo que resgatou a identidade local e valorizou a cultura do nosso povo. Além da participação popular, distribuiu renda, construiu lotes urbanizados, melhorou a situação da saúde, criou o Saúde da Família que não existia, a Guarda Municipal, o Teatro Ópera, os campinhos de futebol iluminados, institui a Copa Cidade Viva, resgatei a Orquestra Sinfônica e fiz habitação apesar de não existir naquele momento nenhum programa forte nacional. Nós decidimos agora, tentar superar este ciclo interrompido e tentar governar a cidade mais uma vez, porque representamos setores que estão profundamente vinculados às grandes transformações que estão acontecendo no Brasil nos últimos dez anos, dos governos Lula e Dilma”, disse o petista. “Acho que estou preparado, mais maduro. Refleti sobre o meu primeiro governo, sobre acertos e erros, e tenho uma condição excepcional para voltar a governar Ponta Grossa. Governei num momento difícil, havia inflação, recessão e pouco crescimento econômico. Tenho todas as condições e a experiência necessária, do convívio e a história ao lado do povo, das invasões comunitárias, para fazer um governo bem melhor do que fiz”, completou.
Finalizando o primeiro bloco, Leandro citou a sua origem humilde e a sua trajetória política. “Sou uma pessoa bastante humilde, que usa todo o mês o Sistema Único de Saúde e sou usuário do transporte público. Apesar de jovem, este ano completam-se dez anos de militância. Minha trajetória política começou em 2002 na campanha do Lula, mas meu pai e minha mãe me ensinaram a ter vergonha na cara e em 2005, quando estourou o escândalo do mensalão, me filiei ao PSOL, um partido ideológico, que surgiu após a falência do PT como instrumento da transformação. Sou formado em direito pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, trabalhei como cobrador da Viação Campos Gerais, como empacotador no Supermercado Condor, e não tenho problema de falar isso”, contou o candidato do PSOL. “Essa eleição parece que é um campeonato do mais rico. Não se iludam com estas campanhas milionárias, que vão torrar milhões de reais. Venha conhecer a nossa candidatura que de uma forma humilde quer apresentar uma cidade onde a gente possa socializar as riquezas. A nossa cidade é muito rica, porém, essa riqueza concentra-se nas mãos de poucos”, completou.
Durante o encontro, que foi dividido em seis blocos, os candidatos tiveram poucos momentos de embate. A oposição ficou por conta do candidato do PSOL, Leandro Dias, que criticou o PT do candidato Péricles e a aliança do PDT com o PMDB na coligação de Pauliki, que não respondeu.
PROPOSTAS – Leandro propôs a gratuidade da tarifa do transporte coletivo, a construção de uma maternidade municipal e um abrigo para as mulheres vítimas de violência e o pagamento do piso mínimo do professor da rede municipal de ensino de R$ 2.343,00.
Pauliki prometeu ampliar o Programa Feira Verde – que troca resíduos recicláveis por legumes e verduras –, a abertura de concorrência pública na concessão do transporte coletivo, a construção de oito mil casas populares através do Programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, a regularização de quatro mil lotes, a criação da assessoria da juventude, valorização, aumento de efetivo, melhoria de equipamentos e a aquisição de 10 novas viaturas para a Guarda Municipal e a implantação da Patrulha Escolar Municipal.
Péricles falou que pretende fazer um governo participativo, defendeu o financiamento público da campanha eleitoral, o voto em lista, a criação da Secretaria Municipal da Segurança Pública e Cultura da Paz, a implantação total da hora-atividade de 33% para os professores, conforme prevê a lei sobre o Piso Nacional do Professor, reestruturar o plano de carreiras e salários do magistério e a criação da Universidade Solidária de Ponta Grossa (UNISOL).
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