segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

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A polícia que você não vê

O Serviço de Inteligência da Polícia Militar (P2) atua nas ruas de forma reservada, sem farda
Mariana Galvão NoronhaFale com o repórter
Publicado em: 19/01/2014 - 00:00 | Atualizado em: 18/01/2014 - 12:03

O anonimato do policial da P2 é fundamental para obter informações em campo (Foto: Fábio Matavelli)
Para a Polícia Militar elaborar uma ação policial é preciso antes algumas informações fundamentais. Somente com detalhes de campo é que o comando pode planejar o horário da ação e quantos policiais estarão envolvidos, por exemplo. Quem realiza este trabalho é a P2, o Serviço de Inteligência da PM ou Agência Local de Inteligência. É a P2 quem vai à campo levantar informações para ações que envolvem tanto a prisão de criminosos, como apreensão de drogas e até mesmo desocupação de áreas. É com base no relatório da P2 que o comando planeja quantos policiais irão participar, quais equipamentos serão usados e todos os detalhes, para que a ocorrência seja executada sem imprevistos.
Os agentes da P2 atuam nas ruas de forma reservada, sem o uso da farda da Polícia Militar ou o veículo caracterizado. "É uma polícia que a população não vê nas ruas e a proposta é exatamente esta. A P2 não atua de forma ostensiva, como os policiais fardados que realizam as abordagens. Para conseguir determinadas informações, precisamos nos aproximar das fontes, conseguir alguns informantes, coisas que não iríamos conseguir com a ação ostensiva, com aquela imagem do soldado armado", explica o comandante da P2, tenente Leandro Reis Rakovicv.
De acordo com ele, com sua atuação, a P2 oferta o suporte para que as equipes ostensivas tenham melhor desempenho nas ações, dando suporte ao comando da PM, que fica sabendo através da P2 tudo o que está ocorrendo nas ruas. O apoio pode se dar de duas formas: a primeira forma é quando a ação é planejada com as informações colhidas pela Inteligência Local. "Mas também pode ocorrer após uma abordagem ou acompanhamento de ocorrências nas ruas, quando as equipes ostensivas pedem que a P2 investigue e consiga mais informações sobre o ocorrido, como no caso de uma tentativa de homicídio ou tráfico de drogas", relata o comandante da Inteligência.
A diferença entre o trabalho de investigação da P2 e da Polícia Civil consiste no fato de que a Civil é a polícia judiciária, que trabalha com provas. Por outro lado, a Inteligência da PM trabalha com os informes, que só viram provas se forem confirmados. A P2, por exemplo, acompanha a combinação de jovens pelas redes sociais para o 'rolezinho' em um shopping da cidade, repassando ao comando informações que irão ajudar na prevenção de qualquer ocorrência. "Da mesma forma fizemos quando o Brasil foi tomado por aquela onda de manifestações no ano passado. A proposta era pacífica, mas a Polícia Militar, através da Inteligência Local, monitorava a atividade para garantir que nenhum vândalo se infiltrasse e causasse problemas", relata comandante da P2.
Entretanto, quando a P2 foi criada dentro da Polícia Militar, seu objetivo inicial era averiguar a veracidade de denúncias contra PMs, fiscalizando a ação do efetivo nas ruas. "Essa é nossa função inicial, mas com uma grande demanda no combate aos crimes, principalmente o tráfico de drogas, a Inteligência tem atuado bastante no apoio às equipes ostensivas", destaca o tenente Leandro.
Inteligências integradas
Em âmbito estadual, a 2ª Seção da Polícia Militar do Paraná também é responsável por desenvolver, planejar e executar as atividades de inteligência. Suas principais linhas de atuação são: a produção de conhecimento (inteligência) e a salvaguarda de documentos sigilosos (contra-inteligência). A PM2 tem como competência primordial assessorar o Comandante Geral da Polícia Militar nas tomadas de decisão. A Seção mantém ligações técnicas com as Comunidades de Inteligência tanto a nível estadual, como nacional, a qual se solidifica através da Agência Brasileira de Inteligência. O serviço prestado é uma ferramenta indispensável à defesa do estado moderno, contra as ameaças como narcotráfico, crime organizado entre outros males que afetam a sociedade paranaense.

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