sábado, 18 de janeiro de 2014

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Rua no Jardim Maracanã é arrumada pelos próprios moradores

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Publicado em: 18/01/2014 - 00:00 | Atualizado em: 18/01/2014 - 00:06
Michelle Pavoni
Na rua Leonor Cavagnari Maciel, localizada no Jardim Maracanã, os moradores se juntam para arrumar os trechos que rodeiam suas casas e as dos vizinhos. A rua possui um longo trecho íngreme e sem pavimentação na altura em que cruza com a rua Maria Avelina Martins Braga e a situação piora em dias de chuva, quando o trabalho realizado por eles estraga e é preciso fazer tudo novamente. Sem esta iniciativa, as pessoas que vivem ali e possuem carro não poderiam transitar pelo lugar, correndo o risco do veículo encalhar.
Eliana Pedroso é moradora do Jardim Maracanã há 38 anos e da rua Leonor Cavagnari há 10. Ela conta que a máquina da prefeitura que faz a manutenção das ruas só vai até um ponto que não cobre o pedaço em que ela mora. Segundo ela, nem mesmo o caminhão de lixo consegue descer e os garis fazem a coleta de lixo naquele trecho a pé. Ela conta também que alguns vizinhos sempre ligam para a prefeitura fazendo reclamações. "Eles dizem que já arrumaram, mas nunca foi feito nada. Às vezes aparece gente da prefeitura aí pra dar uma olhada, mas só olham".
O secretário de obras Alessandro Lozza de Moraes conta que no ano passado foi feita a manutenção de todo o Jardim Maracanã, mas que a chuva deteriorou as obras. Ele afirma que a secretaria tentou mexer na rua no ano passado, mas não foi possível fazer os procedimentos de recuperação. "Não conseguimos colocar patrola. Se eu fizer essa rua o caminhão vai capotar. Quando é um local muito difícil nós passamos para a secretaria de planejamento". Lozza garante que, se não houver chuva, as obras de todos os bairros serão retomadas na próxima segunda-feira.
Além da falta de mobilidade dos moradores e dos serviços que não chegam até suas casas, existe um outro problema, que coloca em risco a segurança das pessoas que vivem ali. No final da rua existe um esgoto e um cano que passa por cima dele a uma altura de cerca de 5 metros. Muitas pessoas o utilizam para atravessar e chegar mais rápido ao destino. Milaine, de 13 anos, faz o trajeto todos os dias para ir à escola e conta que, apesar do cano balançar na travessia, ela não tem medo de cair. "Eu sempre atravesso sozinha, com meus pais ou meus amigos", conta. Segundo ela, sem o atalho seria necessário dar a volta na rua e demoraria muito mais para chegar.
João Ney Marçal, secretário de planejamento, afirma estar ciente da situação e que pretende fazer um levantamento topográfico do local. "Estamos pensando em abrir um outro lugar para que as pessoas possam passar. Uma escadaria ou algo parecido". Marçal garante que a rua faz parte dos planos da secretaria para esse ano, mas que não é possível dar uma previsão de quando a obra será iniciada.
Fábio Matavelli
Cano que atravessa esgoto serve de atalho para moradores que se arriscam a fazer a travessia

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