PG conta com dois oftalmologistas para atender a população
Publicado em: 21/01/2014 - 00:00 | Atualizado em: 20/01/2014 - 19:53
Melissa Eichelbaun
A cidade de Ponta Grossa tem dois oftalmologistas para atender os mais de 300 mil habitantes pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A coordenadora de Atenção Secundária da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa, Paola Renata Koloda, explica que as consultas são diárias, mas não suficientes para atender a população. "São apenas dois profissionais para atender todos os habitantes, por isso os médicos fazem a triagem de quais pacientes precisam de consultas urgentes. Precisamos de mais médicos, mas também temos que esperar quantos profissionais vão se candidatar para o edital que abriu", diz. No Hospital Regional também há médicos da área de oftalmologia, mas atendem apenas casos de catarata e glaucoma. Segundo Paola, não há previsão de contratação de novos oftalmologistas para a cidade, pois depende da procura dos próprios profissionais em um edital que foi aberto por uma empresa que faz as contratações. O edital abriu em janeiro desse ano e procura médicos de várias especialidades para trabalhar em clínicas e hospitais em Ponta Grossa. Para isso o profissional deve levar a documentação pedida que será analisada, para só então começar a trabalhar na vaga que se candidatou. Paola acredita que apareceram oftalmologistas interessados em trabalhar na cidade, já que o salário é maior que o tabelado pelo SUS.
A aluna da Associação Pais Amigos Deficiente Visual (Apadevi), Jane Cassimiro do Prado, tem cegueira total e por isso não precisaria ir regulamente ao oftalmologista, mas como ela recebe benefícios como o passe livre do transporte público, precisa de um laudo comprovando que possui deficiência visual. Jane expõe que desistiu de ficar na fila de espera do Sistema Único de Saúde (SUS) de Ponta Grossa e pagou uma consulta particular. "Preciso desse laudo para garantir alguns direitos, mas fiquei mais de um ano esperando a consulta pelo SUS. Paguei um oftalmologista particular para não perder meus benefícios", diz. Jane conta que como sua cegueira é total, acha injusto ter que todo ano fazer um novo laudo apenas para mudar a data do comprovante. "Em uma ocasião fiz um concurso público e precisava de um laudo recente para comprovar que era cega, novamente tive que pagar um médico particular, porque a fila do SUS ia demorar meses para me atender", completa.
O titular da Promotoria de Saúde de Ponta Grossa, Emiliano Antunes Motta Waltrick, esclarece que muitos pacientes procuram o Ministério Público para reclamar da demora de consultas na área de oftalmologia. "A partir dessa reclamação nós fazemos o acompanhamento individual com o cidadão e verificamos como estão os procedimentos do agendamento das consultas e o motivo de tanta demora", fala. O promotor explica que foi instaurado um inquérito para acompanhar as reclamações em geral e assim pedir atitudes concretas da Prefeitura.
A cidade de Ponta Grossa tem dois oftalmologistas para atender os mais de 300 mil habitantes pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A coordenadora de Atenção Secundária da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa, Paola Renata Koloda, explica que as consultas são diárias, mas não suficientes para atender a população. "São apenas dois profissionais para atender todos os habitantes, por isso os médicos fazem a triagem de quais pacientes precisam de consultas urgentes. Precisamos de mais médicos, mas também temos que esperar quantos profissionais vão se candidatar para o edital que abriu", diz. No Hospital Regional também há médicos da área de oftalmologia, mas atendem apenas casos de catarata e glaucoma. Segundo Paola, não há previsão de contratação de novos oftalmologistas para a cidade, pois depende da procura dos próprios profissionais em um edital que foi aberto por uma empresa que faz as contratações. O edital abriu em janeiro desse ano e procura médicos de várias especialidades para trabalhar em clínicas e hospitais em Ponta Grossa. Para isso o profissional deve levar a documentação pedida que será analisada, para só então começar a trabalhar na vaga que se candidatou. Paola acredita que apareceram oftalmologistas interessados em trabalhar na cidade, já que o salário é maior que o tabelado pelo SUS.
A aluna da Associação Pais Amigos Deficiente Visual (Apadevi), Jane Cassimiro do Prado, tem cegueira total e por isso não precisaria ir regulamente ao oftalmologista, mas como ela recebe benefícios como o passe livre do transporte público, precisa de um laudo comprovando que possui deficiência visual. Jane expõe que desistiu de ficar na fila de espera do Sistema Único de Saúde (SUS) de Ponta Grossa e pagou uma consulta particular. "Preciso desse laudo para garantir alguns direitos, mas fiquei mais de um ano esperando a consulta pelo SUS. Paguei um oftalmologista particular para não perder meus benefícios", diz. Jane conta que como sua cegueira é total, acha injusto ter que todo ano fazer um novo laudo apenas para mudar a data do comprovante. "Em uma ocasião fiz um concurso público e precisava de um laudo recente para comprovar que era cega, novamente tive que pagar um médico particular, porque a fila do SUS ia demorar meses para me atender", completa.
O titular da Promotoria de Saúde de Ponta Grossa, Emiliano Antunes Motta Waltrick, esclarece que muitos pacientes procuram o Ministério Público para reclamar da demora de consultas na área de oftalmologia. "A partir dessa reclamação nós fazemos o acompanhamento individual com o cidadão e verificamos como estão os procedimentos do agendamento das consultas e o motivo de tanta demora", fala. O promotor explica que foi instaurado um inquérito para acompanhar as reclamações em geral e assim pedir atitudes concretas da Prefeitura.
Rodrigo Covolan |
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Jane Cassimiro do Prado estuda na Apadevi e faz aulas de confecção de bijuterias |
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