Gaeco está literalmente sendo 'desmontado' no Paraná, por conta de um impasse entre SESP e MP
Governo Richa está literalmente desmontando o Gaeco no Paraná...
O Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Guarapuava, na região central do Paraná, possui apenas um policial em atividade, dos oito que trabalhavam no local.
Leia: Coordenador afirma que Gaeco vai acabar
A presença do policial, porém, tem data marcada para terminar - 31 de março, quando está agendado o retorno dele para atividades da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).
Problema
O esvaziamento é consequência de um impasse entre a Sesp e o Ministério Público (MP), que coordena o Gaeco. O problema teve início em setembro de 2013, quando o comandante da Sesp, Cid Vasques, determinou a implantação de um rodízio entre os policiais que faziam parte do efetivo do Gaeco. De acordo com a Sesp, o objetivo da troca é aumentar a experiência dos policiais.
Entretanto, o Gaeco desaprovou a medida, e recusou os substitutos oferecidos pela Sesp. “O policial substituto é uma indicação da Sesp e nós não temos interesse em aceitar outra pessoa. Para trabalhar no Gaeco, é preciso criar uma relação de confiança, e em um ano – período em que ele deve permanecer no núcleo – isso não é possível. É uma forma de inviabilizar nosso trabalho”, questiona o promotor do Gaeco Vitor Hugo Honesko.
Desde o início do impasse, outros cinco núcleos do estado localizados em Curitiba, Cascavel, Foz do Iguaçu, Maringá e Londrina também sofreram reduções de efetivo. Guarapuava, porém, deve ser o primeiro núcleo a ficar apenas com a promotoria, sem nenhum policial, a partir de abril. “Sem efetivo, não podemos investigar mais nenhuma denúncia de crime organizado ou corrupção que chega ao Gaeco”, afirma Honesko.
Situação crítica e caótica
O promotor trata a situação atual como “crítica e caótica”. Depois da Operação Salvação, deflagrada no início de dezembro em Guarapuava para combater fraudes em licitações, o grupo tem recebido diversas denúncias de municípios da região. “Estamos recebendo denúncias seríssimas com provas de rombos de milhões na administração pública, e não podemos fazer nada porque não temos policiais para investigar. Isso me deixa revoltado”, lamenta Honesko.
Quase metade do efetivo do PR está reduzido
Segundo o coordenador geral do Gaeco, procurador de Justiça Leonir Batistti, dos 60 policiais que trabalhavam no grupo, apenas 31 continuam na função. Em março, Curitiba, que é o principal núcleo, vai ficar com apenas cinco policiais, dos 18 que incorporavam o efetivo. Para Batistti, a tendência é que ocorra nos demais núcleos o mesmo esvaziamento sofrido em Guarapuava. “Com o Gaeco apenas com promotoria nessas cidades, o tipo de investigação vai ter de assumir outras características, que ainda devemos discutir”, afirma Batisti. (Texto/foto/fonte: G1)
O Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Guarapuava, na região central do Paraná, possui apenas um policial em atividade, dos oito que trabalhavam no local.
Leia: Coordenador afirma que Gaeco vai acabar
A presença do policial, porém, tem data marcada para terminar - 31 de março, quando está agendado o retorno dele para atividades da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).
Problema
O esvaziamento é consequência de um impasse entre a Sesp e o Ministério Público (MP), que coordena o Gaeco. O problema teve início em setembro de 2013, quando o comandante da Sesp, Cid Vasques, determinou a implantação de um rodízio entre os policiais que faziam parte do efetivo do Gaeco. De acordo com a Sesp, o objetivo da troca é aumentar a experiência dos policiais.
Entretanto, o Gaeco desaprovou a medida, e recusou os substitutos oferecidos pela Sesp. “O policial substituto é uma indicação da Sesp e nós não temos interesse em aceitar outra pessoa. Para trabalhar no Gaeco, é preciso criar uma relação de confiança, e em um ano – período em que ele deve permanecer no núcleo – isso não é possível. É uma forma de inviabilizar nosso trabalho”, questiona o promotor do Gaeco Vitor Hugo Honesko.
Desde o início do impasse, outros cinco núcleos do estado localizados em Curitiba, Cascavel, Foz do Iguaçu, Maringá e Londrina também sofreram reduções de efetivo. Guarapuava, porém, deve ser o primeiro núcleo a ficar apenas com a promotoria, sem nenhum policial, a partir de abril. “Sem efetivo, não podemos investigar mais nenhuma denúncia de crime organizado ou corrupção que chega ao Gaeco”, afirma Honesko.
Situação crítica e caótica
O promotor trata a situação atual como “crítica e caótica”. Depois da Operação Salvação, deflagrada no início de dezembro em Guarapuava para combater fraudes em licitações, o grupo tem recebido diversas denúncias de municípios da região. “Estamos recebendo denúncias seríssimas com provas de rombos de milhões na administração pública, e não podemos fazer nada porque não temos policiais para investigar. Isso me deixa revoltado”, lamenta Honesko.
Quase metade do efetivo do PR está reduzido
Segundo o coordenador geral do Gaeco, procurador de Justiça Leonir Batistti, dos 60 policiais que trabalhavam no grupo, apenas 31 continuam na função. Em março, Curitiba, que é o principal núcleo, vai ficar com apenas cinco policiais, dos 18 que incorporavam o efetivo. Para Batistti, a tendência é que ocorra nos demais núcleos o mesmo esvaziamento sofrido em Guarapuava. “Com o Gaeco apenas com promotoria nessas cidades, o tipo de investigação vai ter de assumir outras características, que ainda devemos discutir”, afirma Batisti. (Texto/foto/fonte: G1)
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