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O Paraíso do Rock é aqui
Em dois dias do ano, a cidade de Paraíso do Norte, com 12 mil habitantes, se transforma na capital do rock-and-roll no Paraná
Publicado em 11/07/2013 | Tatiane Salvatico, da Gazeta MaringáA transformação foi idealizada pelo atual prefeito da cidade, Beto Vizzotto (PT), que sonhava levar um festival para a cidade desde os tempos de adolescência. Naquela época, a vida dele era embalada pelas músicas de Led Zeppelin, Black Sabbath e Rolling Stones e, também, Tião Carreira e Pardinho, um mix entre sua preferência musical e o que era escutado pela família e vizinhos. “Por mais que eu gostasse de rock, tinha coisas de que não tinha como fugir”, afirma Vizzotto.
Atrações
Saiba quem vai se apresentar na edição deste ano do festival:• Santiago Neto y los Misionerorónicos
• The Brown Vampire Catz
• Variantes
• Pelebrói Não Sei
• Cassino Supernova
• Tiago e Seu Migué
• Valle das Muñecas
• Acústicos & Valvulados
Programe-se
Festival Paraíso do RockDias 12 e 13 de julho, no CTG São José, em Paraíso do Norte, a cerca de 520 quilômetros de Curitiba. O valor do ingresso antecipado é R$ 20 e o passaporte, que dá direito aos dois dias do evento, R$ 30.
Mais informações em www.paraisodorock.com.br.
Na edição de 2012, o Paraíso do Rock atraiu 1,3 mil pessoas. Em dois dias de apresentações, o público se instala em barracas próximas ao gramado no qual ocorrem os shows, hotéis e em cômodos residenciais alugados pela população da cidade. Até a casa do prefeito é transformada em hospedaria. No domingo, ocorre um churrasco de carneiro preparado pelo irmão de Vizzotto, com músicas tocadas ao vivo pelas bandas participantes do evento.
Emprego
Além da diversão, o Festival Paraíso do Rock é responsável pela criação de 100 empregos diretos e temporários no município. O prefeito defende que, além de ser uma atração cultural, que torna a cidade conhecida, o festival ajuda na manutenção de projetos assistenciais da cidade. O Paraíso do Rock – junto com outras seis festas típicas, como a Festa das Nações e a Festa do Leitão Assado – arrecada dinheiro que é destinado à entidade responsável pelas atividades de contraturno dos alunos da rede municipal de educação.
Apesar de ter surgido em 2008, antes de Vizzotto ser eleito prefeito, o político reconhece que o festival o ajudou a vencer as duas últimas eleições, apesar de não enfrentar qualquer adversário. “Sem dúvida isso [o festival] me aproxima da molecada, que acha tudo um máximo. Mas, é claro, existe uma parcela da população que é mais conservadora e não gosta. Acha que o rock está associado à rebeldia e às drogas.”
Por isso, Vizzotto explica que durante o expediente não utiliza qualquer acessório que remeta ao rock, seja nas roupas ou na decoração do gabinete. A formalidade é deixada de lado durante os dois dias de festival, quando a sua função não o impede de se divertir. “Eu danço com a galera, aproveito muito para curtir cada música. Eu sempre fico até o final para não perder nada.”
Gosto musical
As bandas independentes de rock regional são as preferidas de Vizzotto e são as que compõem o line-up do Paraíso do Rock. Ele explica que tenta balancear nomes pouco conhecidos, “mas de qualidade inquestionável”, com artistas consagrados do rock alternativo, como os gaúchos Cachorro Grande e Wander Wildner.
Ele afirma que por ser um festival relativamente pequeno, a verba nem sempre é suficiente para pagar o cachê padrão das bandas. “Mas eu acho que todo mundo entende e adota o espírito do festival, que é promover o rock em um lugar que não é óbvio.”
Vizzotto acredita ainda que a participação de bandas internacionais, como a argentina Valle das Muñecas, na edição 2013, ajuda a agregar mais público e permite às pessoas descobrirem novas bandas. “Quem gosta de rock está sempre disposto a buscar e conhecer alguma coisa nova.”
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