terça-feira, 17 de julho de 2012

Marcas são obrigadas a mudar cálculo de consumo
Nova portaria do Inmetro corrige médias calculadas pelas montadoras; entenda
Hairton Ponciano Voz

Nova portaria do Inmetro exige que marcas realizem cálculos de consumo mais realistas

Você nunca conseguiu fazer com seu carro a mesma média de consumo divulgada pela fabricante? Pois você não está sozinho. Os números divulgados pelas montadoras sempre seguiram uma norma oficial, a NBR 7024, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Essas médias, difíceis de serem reproduzidas na vida real, são obtidas em laboratórios, com combustível padrão, velocidade controlada, ambiente refrigerado e o carro sendo testado sobre dinamômetro. Ou seja, nada mais distante da realidade. Por isso, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) baixou a Portaria número 10, de 11 de janeiro deste ano, obrigando as montadoras a utilizar uma nova fórmula de cálculo. Os testes continuam a ser feitos da mesma forma, mas os números ali apurados precisam ser submetidos a um fator de correção. Com isso, tendem a ficar mais próximos das situações encontradas na vida real. Afinal no dia a dia o motorista enfrenta engarrafamentos, subidas, resistências aerodinâmicas, combustível adulterado. Além disso, põe bagagem no porta-malas, usa ar-condicionado, leva a família, etc.
Em suas considerações, a portaria do Inmetro diz, entre outras coisas, que é necessário “informar ao consumidor valores condizentes de consumo de combustível, em veículos de passageiros e comerciais leves, praticados em vias públicas brasileiras”. Com a norma, a portaria do Inmetro pretende aproximar as informações divulgadas pelas montadoras às médias obtidas pelos motoristas no “uso cotidiano” do automóvel. Pela nova metodologia, um veículo que segundo a fabricante fazia, por exemplo, 15 km;l, agora vai ter sua média rebaixada para cerca de 11 km;l. Não estranhe. Provavelmente, é o que você conseguia fazer com ele.

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