sexta-feira, 13 de julho de 2012

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Caixa paga R$ 47 mi a empresa do substituto de Demóstenes
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FERNANDO MELLO
BRENO COSTA
DE BRASÍLIA

A empresa Orca Incorporadora, que tem entre seus sócios o futuro senador Wilder Morais (DEM-GO), recebeu R$ 47,2 milhões da CEF (Caixa Econômica Federal) para tocar projetos do Minha Casa Minha Vida, sobre o qual o novo parlamentar pode vir a legislar ou propor emendas.
O valor recebido pela Orca corresponde a 89% dos contratos assinados pela empreiteira com a Caixa para a construção de cinco empreendimentos do programa nas cidades goianas de Nerópolis, Hidrolândia, Aparecida de Goiás e Taquaral.
Para atuar no Minha Casa, Minha Vida, as empreiteiras devem ter seus projetos aprovados pela Caixa, que analisa documentos sobre o terreno da obra e a viabilidade do empreendimento.
A Orca era proprietária dos terrenos onde construiu as unidades.
A atual superintendente da CEF no Estado foi indicada pelo grupo de Carlinhos Cachoeira, segundo diálogos gravados pela Polícia Federal. Trata-se de Marise Fernandes de Araújo, funcionária de carreira que assumiu o cargo em abril de 2011.
Em conversa com o ex-diretor da Delta Cláudio Abreu em 14 de abril de 2011, Cachoeira festejou a indicação dela para o cargo na Caixa.
"Deixa eu te dar uma notícia boa aí: a nova superintendente da Caixa Econômica Federal é a Marise, vou levar ela aí para você conhecê-la", disse Cachoeira. Segundo ele a indicação fora feita por Marcelo Limírio, que, segundo a PF, é sócio de Cachoeira.
Marise estava havia seis anos no comando de uma regional da Caixa em Anápolis, cidade natal de Cachoeira. Ela não teve atuação nos processos relacionados à Orca. Os recursos repassados pela CEF à empresa são do Fundo de Arrendamento Residencial, abastecido com verbas do Orçamento da União.

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