domingo, 21 de setembro de 2014

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Acipg recua na exclusão de votos de beneficiários.


Em Ponta Grossa, Bolsa Família garante renda para oito mil famílias / Foto: Clebert Gustavo

Mário Martins | Ponta Grossa | 21/09/2014 às 03:55h |
A polêmica teve repercussão nacional, motivando, inclusive, a abertura de um inquérito civil público, por parte do MP, para investigar preconceito em proposta
A Associação Comercial e Industrial de Ponta Grossa (Acipg), retirou da Agenda 2014 a proposta que recomendava o alijamento de beneficiários de programas federais, dos brasileiros que têm direito ao voto. A polêmica teve repercussão nacional, motivando, inclusive, a abertura de um inquérito civil público para investigar preconceito em proposta de suspensão de voto a quem recebe o Bolsa Família. O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, não poupou críticas à entidade, afirmando que a “proposta remete à idade da pedra’.
Em nota enviada ao Jornal da Manhã e ao portal aRede, na manhã deste sábado, a entidade esclarece que “quanto à suspensão do direito do voto, aos beneficiários dos programas de distribuição de renda, a Acipg, ciente das limitações legais que determinadas propostas detêm, visava exclusivamente promover o legítimo debate e gradual amadurecimento da questão, razão pela qual promoveu profícuo encontro com lideranças locais para análise do tema. Entretanto, em face do equivocado direcionamento dados às discussões, muito divorciado dos objetivos pelos quais foi inserida, comunica a retirada desta proposição formulada”, frisa.
A entidade afirma defender os ideais democráticos e de liberdade de expressão, tendo se manifestado em outras oportunidades, a exemplo, quanto às implicações do inchaço da máquina pública por cargos comissionados e do financiamento privado de campanhas eleitorais. Sobre o conteúdo da Agenda 2014, a Acipg reforça que “o material produzido deve ser entendido sob o contexto abrangente da desoneração das empresas, redução do Custo Brasil e de reforma política − com impacto no Poder Público e não em classes sociais −, assim entendidos como meios de fortalecimento da estabilidade econômica conquistada”.
Quanto à “reforma na legislação trabalhista e previdenciária”, outro ponto polêmico, a Acipg a propôs objetivando a redução do “Custo Brasil”, por meio da redução dos encargos trabalhistas incidentes sobre a folha de pagamento das empresas, resultando em melhores salários e manutenção dos direitos trabalhistas conquistados pelos trabalhadores, bem como fomentando a competitividade das empresas nacionais.
“Tal antiga reivindicação visa desinibir o crescimento do mercado de trabalho brasileiro, com melhoria no nível e qualidade do emprego, sem qualquer carga negativa aos direitos dos trabalhadores”, sustenta.
sociedade reage
Proposta é alvo de críticas
Em Ponta Grossa, se a proposta da Acipg prosperasse, aproximadamente 8 mil beneficiários seriam atingidos pela medida. No Paraná são 110 mil famílias e em todo o Brasil este universo soma quase 14 milhões. O valor do Bolsa Família é de R$ 70. “Retirar a capacidade política ativa de pessoas que recebem bolsa me parece um retrocesso social que nos leva à idade da pedra”, criticou o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa.
Elaine de Fátima Zedbeski integra o programa. Ela diz que a proposta da Associação Comercial é carregada de preconceitos. “A entidade deveria se preocupar com outros problemas, bem maiores, e deixar de picuinhas. Sempre vai existir alguém para tentar boicotar o Bolsa Família, o que é lamentável’, sintetiza.

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