quinta-feira, 9 de outubro de 2014

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Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Daniel Castellano/ Gazeta do Povo / Rubro-Negro pagou R$ 2,7 mi por peças da cobertura Rubro-Negro pagou R$ 2,7 mi por peças da coberturaEstádio

Atlético vai à Justiça por teto retrátil na Arena

Furacão consegue liminar para que empresa espanhola inicie nos próximos dias a instalação da cobertura da Baixada
09/10/2014 | 00:20 |
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O teto retrátil da Arena da Baixada detonou uma guerra entre o Atlético e a Lanik I. S.A., empresa espanhola que forneceu o material da estrutura. De acordo com o diretor-executivo da organização, César França, o impasse na instalação da “tampa” do Caldeirão é culpa do Rubro-Negro.
“Para começar, não foi assinado um contrato do serviço. Nunca ficou acertado. O clube comprou as estruturas em 2013 e não obedeceu nada. Sempre confiei na palavra do Enan [Ornaghi, diretor de suprimentos da CAP S/A]”, reclama França, responsável pelas atividades da Lanik nas Américas do Norte e do Sul.
O Furacão entrou na Jus­­tiça contra a empresa. E no último dia 29 de setembro, o juiz Rogério de Assis, da 21.ª Vara Cível de Curitiba, concedeu liminar favorável ao Atlético – cabe recurso.
No parecer, que reconhece a inexistência de contrato entre as partes, Assis conferiu o prazo de 15 dias – contados a partir da liminar – para a retomada da cobertura total do estádio. E ainda fixou multa de R$ 100 mil diários caso a Lanik descumpra a determinação.
A divergência central está nos valores da mão de obra da instalação. O Furacão alega que o serviço foi prometido por 94 mil euros (cerca de R$ 284 mil, no câmbio de ontem). A Lanik afirma que o custo do trabalho alcança 400 mil euros (em torno de R$ 1,2 milhão).
“Estamos nos sentindo enganados”, declara França. “Em 2012 foi feito um estudo, com o material saindo pronto da Espanha, antes da Copa do Mundo, e montado internamente, com o estádio aberto. Seria muito rápido, teria um custo menor. Agora é totalmente diferente”, completa.
O pagamento pelo material já foi feito. O Rubro-Negro desembolsou 921 mil euros (aproximadamente R$ 2,7 milhões na cotação atual).
O teto retrátil é parte primordial do projeto atleticano de transformar sua casa numa arena multi-eventos.
No entanto, França põe em dúvida a capacidade do clube de pagar pela tarefa em questão. “A Lanik fez o levantamento cadastral do Atlético para emissão de carta de crédito e o resultado foi extremamente negativo.”
Sociedade de propósito específico criada para tocar a reforma da Arena, visando ao Mundial, a CAP S/A possui 353 títulos protestados nos tabelionatos de Curitiba. No total, cerca de R$ 11,6 milhões cobrados por 83 credores diferentes. Os dados são de 16 de setembro de 2014.
A reportagem entrou em contato com o Atlético para tratar do assunto, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição. Enan Ornaghi atendeu, afirmou não integrar mais a CAP S/A e pediu para que os questionamentos fossem feitos ao departamento de marketing do clube.

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