segunda-feira, 13 de outubro de 2014

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Câncer ginecológico poderá atingir 27 mil mulheres até o final do ano

Das Assessorias
12/10/2014 às 00:00 - Atualizado em 12/10/2014 às 00:00
Segunda causa de morte no Brasil, atrás apenas das doenças cardiovasculares, o câncer apresenta possibilidades de cura de até 90% (dependendo do tipo da neoplasia), quando detectado precocemente. Por conta desta preocupação, o Instituto Oncoguia alerta para os cuidados para evitar o câncer ginecológico que pode afetar o útero, ovário, endométrio, vagina e vulva.
“Toda mulher deve assumir uma postura ativa e responsável perante a própria saúde”, alerta a presidente do Oncoguia, a psico-oncologista e especialista em Bioética, Luciana Holtz de Camargo Barros. Ela enfatiza que no caso dos tipos mais recorrentes de câncer, como o tumor de colo de útero, exames como um simples Papanicolau permitem detectar a doença em sua fase inicial e podem ser decisivos na vida da paciente.
Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que até o final de 2014 serão registrados 15,5 mil casos de câncer de colo de útero, 5,9 mil de corpo do útero e 5,6 mil de ovário. Diante desse quadro, Luciana chama a atenção para a importância da informação, do conhecimento dos fatores de risco para alguns tipos de câncer, dos sinais e sintomas de alerta e dos cuidados para manter a saúde sempre em dia.
Diagnóstico
Não existem exames de rastreamento para câncer de ovário, por isso é o tipo de mais difícil de detecção, com 75% dos casos descobertos já em estágio avançado. “A visita anual ao ginecologista é imprescindível e pode sim salvar vidas”, orienta Luciana, lembrando que são fatores de risco idade superior a 40 anos, histórico familiar, não ter tido filhos ou ter sido mãe após os 30 anos e o uso contínuo de anticoncepcionais e reposição hormonal.
Já o câncer de colo de útero, também chamado de cervical, tem 90% dos casos relacionados ao vírus do papiloma humano (HPV), que é transmitido sexualmente. “O ideal é que toda mulher, depois da primeira relação sexual, consulte um ginecologista regularmente e realize o exame Papanicolau”, ensina a presidente do Oncoguia. “Apesar de simples e de fácil acesso, as mulheres não estão aderindo adequadamente ao Papanicolau e estamos muito preocupados com isso”.
Alterações dos órgãos reprodutivos da mulher também podem ser avaliadas por meio de exame pélvico feito por um ginecologista. São fatores de risco do câncer de colo de útero: presença do HPV, início precoce da atividade sexual, multiplicidade de parceiros e tabagismo. A especialista também adverte que é muito importante que a mulher esteja sempre atenta ao seu corpo "e, frente a qualquer sinal ou sintoma suspeito persistente, procure seu médico”, orienta.

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