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Requião barra R$ 730 milhões para o Paraná

Da Redação

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Publicado em: 20/12/2012 - 00:00 | Atualizado em: 19/12/2012 - 19:04

O governador Beto Richa (PSDB) classificou como “inaceitável” a obstrução do senador Roberto Requião (PMDB) ao pedido de financiamento de US$ 350 milhões (R$ 730 milhões ao câmbio de hoje) do Paraná ao Banco Mundial.

O empréstimo precisa do aval do Senado Federal para que seja efetivado e estava na pauta de votação da última terça-feira, 18. Requião pediu vistas e o projeto foi retirado da pauta.

"É inaceitável essa atitude contra o Paraná. Na mesma noite em que traiu o Paraná, Requião votou a favor de empréstimos para o Rio Grande do Sul, dois para Santa Catarina, para Ceará e Bahia”, disse Beto Richa.

O empréstimo do Banco Mundial ao Paraná foi aprovado por vários órgãos do governo federal, entre eles, a Secretaria do Tesouro Nacional e o Ministério da Fazenda. Também tem parecer favorável do relator da proposta, senador Delcídio Amaral (PT-MS).

Os senadores acordaram fazer a votação de todos os pedidos de empréstimos internacionais dos estados brasileiros em bloco e só Requião obstruiu o pedido do Paraná.

Educação e saúde - O governador Beto Richa adiantou que os recursos serão utilizados em projetos nas áreas de educação (Renova Escola), saúde (Mãe Paranaense e Rede de Urgência e Emergência), desenvolvimento rural sustentável, gestão ambiental e de riscos de desastres.

Richa disse ainda que noite de terça-feira e hoje (quarta) pela manhã conversou com senadores Sergio Souza (PMDB-PR), Delcídio Amaral, Aecio Neves (PSDB-MG), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e até com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-PA) para colocar novamente o pedido de empréstimo na pauta de votação.

“O que posso dizer é que o Paraná tem 80 senadores apoiando esse empréstimo e só um contra. Está provado que Requião, por questões políticas, joga contra os interesses do Paraná”, completou o governador.

No último final de semana, o senador perdeu a eleição para a presidência do diretório estadual do PMDB. Ele atribui a derrota aos deputados que estão na base de apoio ao governo estadual e ficou inconformado. De sua parte, Requião diz que a obstrução é pelo fato de desconhecer como serão usados os recursos do empréstimo.

A explicação não se sustenta, uma vez que o senador não compareceu em nenhuma das reuniões entre técnicos do Estado e a bancada paranaense no Congresso Nacional onde foram detalhadas as áreas que serão atendidas pelos recursos pleiteados.

Reincidente - O interessante é que próprio Requião, em 2010, iniciou o processo de pedido de empréstimo junto ao Banco Mundial. Em carta ao banco, Requião afirmava que desde 2006 buscava entendimento para obter apoio financeiro internacional para alavancar o projeto Proterritórios.

Também não é a primeira vez que Requião trabalha contra os recursos pleiteados pelo Paraná em bancos internacionais. No seu primeiro mandato no Senado (1995-2002), Requião posterou por um ano meio empréstimos pedidos pelo Governo do Estado para os programas de agricultura (Paraná 12 meses) e saneamento (Paranasan).

Beto Richa: “É inaceitável essa atitude contra o Paraná”