Motoristas e cobradores da VCG decidem não fazer greve
Em seu twitter, Rangel disse: “Terminei o acordo agora com Ricardo Peloze. Estamos caminhando juntos para novas conquistas. Estamos alinhados e não haverá nova paralisação”.
Sem greveO funcionamento do transporte coletivo será normal nesta terça-feira, dia previsto para uma possível paralisação, anunciada pelo sindicato. Não mais do que uma hora foi tempo suficiente para a tomada da decisão. Ante da votação, que foi simbólica, Peloze manteve diálogo com motoristas e cobradores, aos quais solicitou que não houvesse a paralisação, porque existiriam riscos, como de o movimento ser considerado ilegal pelo TRT.
Além desses argumentos o dirigente sindical informou que a Prefeitura pediu um prazo de 10 dias para a apresentação de uma nova proposta. Não está descartado, até lá, um novo encontro entre sindicato e trabalhadores, passado esse período.
Tribunal
No período da manhã, com a presença de representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Passageiros Urbanos de Ponta Grossa (Sintropas), VCG, o prefeito Marcelo Rangel e o presidente da Câmara Municipal, Aliel Machado, houve reunião na sede do tribunal Regional do Trabalho. E ficou estabelecido que, se houvesse rompimento de acordo já homologado na Justiça do Trabalho, com deflagração de nova greve no transporte público de Ponta Grossa, pelo menos 50% dos ônibus deveriam circular na cidade em todos os horários, para garantir o serviço público essencial e inadiável à população.
A decisão foi tomada pelo TRT durante a audiência que reuniu em Curitiba. O percentual de circulação mínima da frota foi fixado em 50%, em todos os horários, em função do extenso perímetro urbano de Ponta Grossa, maior do que a maioria das cidades brasileiras, e com a intenção de evitar que moradores de áreas mais distantes sejam seriamente prejudicados.
O sindicato comunicou, nos autos, indicativo de greve para começar à zero hora desta terça-feira, 29 de julho. Durante a audiência, a desembargadora Ana Carolina Zaina lembrou que houve homologação de acordo coletivo após a última greve, o que encerrou a fase de tratativas conciliatórias. O representante do Sintropas confirmou que todas as cláusulas vinham sendo cumpridas pela concessionária. O ponto de conflito entre as partes está no eventual repasse de subsídio pela prefeitura ao sistema do transporte público, que não foi aprovado pela Câmara dos Vereadores – um assunto que extrapola a competência da Justiça do Trabalho.
O representante do Ministério Público do Trabalho, procurador Alvacir Correa dos Santos, propôs que em caso de descumprimento do acordo anterior fosse arbitrada multa de R$ 100 mil por dia, tanto para a empresa como para o sindicato profissional, apuradas as responsabilidades.
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