segunda-feira, 14 de julho de 2014

YAHOO.COM.BR VEICULOU: COTIDIANO - As mães e a eterna culpa…

As mães e a eterna culpa…

Mães se sentem culpadas por não terem tempo integral para os filhosOi, gente!
A Copa acabou, finalmente! Ufa! Quem comemora é uma "mãe-jornalista esportiva". Uma mulher que trabalhou os últimos 40 dias sem folga, que se desdobrou para cobrir o Mundial e ver as crianças em meio aos jogos; que dormia de madrugada por causa do trabalho, mas que acordava as 6 horas para poder brincar com suas pequenas antes de seguir para mais um dia de muitos gols. Quem escreve é uma mãe cheia de culpa!
O bom é que eu sei que não estou sozinha nessa: um estudo feito por uma socióloga israelense mostrou que as mães ficam muito mais preocupadas do que os pais quando estão fora de casa. Que nosso desgaste emocional é mesmo infinitamente maior. Por que? Pelo simples fato de que nos cobramos mais, ainda achamos que somos as responsáveis por tudo em casa, mesmo quando os maridos se oferecem para ajudar, como o meu. Sim, a culpa da culpa também é nossa! Que loucura!
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A socióloga que eu citei acima e que fez a pesquisa se chama Shira Offer. Ela analisou o dia a dia de casais em que tanto o pai quanto a mãe trabalhavam fora. Durante uma semana ela registrou as atividades, pensamentos e emoções dos dois. Depois de sete dias a estudiosa descobriu o que a gente já sabe faz tempo: a maioria das mulheres e dos homens até dedica o mesmo tempo de seus dias para reflexões sobre questões familiares. Mas é agora que vem a parte ruim da coisa: apenas entre as mães esses pensamentos estão associados a estresse, emoções negativas e desgaste.
Nós nos cobramos porque no meio de um dia difícil não deu pra fazer a lancheira, porque hoje foi o avô quem levou o pequeno a escola, porque não deu pra ver a filha na aula de natação, porque esquecemos de marcar o pediatra. Mas como lembrar disso tudo no dia em que seu chefe pediu para você chegar mais cedo e ficar até mais tarde, que sua mesa está transbordando de trabalho, que os prazos estão se esgotando, que a empregada disse que falta comprar manteiga, bolacha, banana; no dia em que você olha sua perna e vê que a depilação não está em dia, que vê a unha descascada, a raiz branca aparecendo... Não é fácil, mas a solução, acredite se quiser, está em nós mesmas, a gente tem que parar de se cobrar tanta perfeição!
Impossível ser profissional, mãe, esposa e mulher nota 10 sempre. Às vezes a gente erra. Às vezes não damos conta. Mas e aí? Paciência, oras! É isso que temos que aprender a ter: paciência. De minha parte garanto que estou me esforçando nesse sentido. Mas enquanto não consigo atingir esse nível de tolerância, confesso que sofro quando não tenho tempo e nem cabeça pra ser a mãe e a esposa que todo mundo queria ter.
Depois de quarenta dias sem folga, sem tempo para elas, para ele e muito menos para mim as coisas voltam ao normal. A partir de hoje volto a ter tempo para o meu trabalho, para minhas filhas e para o meu marido. Pra mim, às vezes, sobra um pouquinho, é verdade. Nessas horas, corro pro salão e dou uma geral, vou voando pra academia e me mato na esteira ou mergulho num vinho com minhas amigas. Só elas me entendem!
Beijos,
Pati

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