Yelena Isinbayeva dá show em casa e retoma trono do salto com vara
Recordista mundial levanta torcida russa e conquista tricampeonato mundial em seu último ato antes de interromper a carreira para ser mãe
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Os russos sentirão saudades dos voos de sua campeã. O mundo sentirá a falta da Yelena Isinbayeva, ainda que ela não demore muito para voltar. O salto com vara precisa de sua rainha.
A americana foi a primeira das favoritas a saltar e sequer conseguiu voar no patamar do sarrafo, mas reclamou de uma interferência externa e conseguiu voltar a tentativa, quando foi perfeita. Yarisley também não teve problemas para avançar de primeira. Era a vez de Fabiana encarar o sarrafo na mesma altura que teve trabalho na classificatória. Mas agora ela já estava ambientada com a velocidade da pista, com o clima e o vento do Luzhniki. A campeã mundial de Daegu passou com tranquilidade pelos 4,55m.
Yarisley Silva teve dificuldade ainda maior nos 4,65m. A líder do ranking mundial só passou pelo sarrafo na terceira chance. Jennifer Suhr, por sua vez, decidiu não saltar nessa altura e voltar no sarrafo de 4,75m. Foi quando Fabiana assumiu a ponta. A brasileira ainda desviou um pouco para a direita, mas sobrou novamente e continuou sem erros. Iguais a ela, somente a alemã Silke Spiegelberg e a russa Anastasia Savchenko.
Campeã mundial de 2011, Fabiana Murer terminou em quinto lugar (Foto: Getty Images)
Fabiana brigou para defender seu título mundial. A cara fechada mostrava a concentração da brasileira para tentar fazer sua melhor marca do ano e continuar na luta pelo pódio. Ela voou alto, mas o ouro de Daegu não se repetiu. Nas suas três tentativas, a paulista tocou o sarrafo na queda. Quase não ficou deitada no colchão, lamentando a quinta colocação. Ela se levantou, despediu-se da torcida no Luzhniki de cabeça erguida.Isinbaeyva, Suhr e até mesmo Yarisley Silva passaram pelos 4,75m. Às favoritas, juntou-se a surpresa alemã Silke Spiegelberg, mas não entrou no pódio. Foi a única que não passou dos 4,82m. A cubana precisou de três chances novamente para garantir uma medalha. Jennifer Suhr se manteve na liderança passando na segunda chance, assim como a anfitriã. Yelena fez seu voo mais alto de 2013 até então para fazer o Luzhniki vibrar.
Yelena ainda tentou bater seu recorde mundial de 5,06m e voou alto, mas não conseguiu (confira no vídeo acima). Nada que tirasse o brilho dos olhos da campeã, que fez a volta olímpica, deu pirueta e até um forte abraço no Rumpo, o pardal que é mascote da competição. Ela pode tudo. É a rainha de Moscou.
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