segunda-feira, 26 de agosto de 2013

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CBAt pune revezamento por erro no bastão e atletas perdem até R$ 560 mil
 


Do UOL, em São Paulo
A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) encontrou uma brecha para punir o revezamento 4 x 100 m feminino do Brasil, responsável pelo momento de maior constrangimento para a entidade no Mundial de Moscou, encerrado há semana, com críticas à preparação. A confederação entendeu que, como a equipe foi desclassificada da final, não teve uma classificação válida. E, por isso, não tem direito à Bolsa Pódio, do governo federal. O prejuízo para Vanda Gomes, Rosângela Santos e Evelyn dos Santos é de até R$ 560 mil.
O Bolso Pódio, parte do Programa Brasil Medalhas, pretende destinar R$ 1 bilhão para ajudar na preparação de atletas com chances reais de pódio nos Jogos do Rio, pagando bolsa mensal de até R$ 15 mil, com validade de um ano (renovável) além de outros R$ 20 mil para serem utilizados na compra de material esportivo, ida a competições, entre outras necessidades dos atletas. Além disso, garante aos contemplados contratação de equipe multidisciplinar, com salários de até R$ 5 mil por profissional como nutricionista e preparador físico.
Mas as atletas do revezamento brasileiro, que tinham tudo para terminar com a medalha de prata no Mundial, não fosse o erro pontual na passagem de bastão entre Franciela Krasucki e Vanda Gomes, não terão direito à Bolsa Pódio pelos próximos 12 meses.
Em entrevista à Folha, o treinador chefe da seleção brasileira no Mundial, Ricardo D'Angelo, já havia anunciado que a CBAt vai pedir ao SJTD a suspensão de Vanda Gomes por até um ano. A atleta, que após errar na passagem do bastão, reclamou publicamente da CBAt em entrevista ao SporTV na zona mista do Estádio Olímpico de Moscou. "A gente não treinou o suficiente. Deixamos de lado treinar. Ficamos 30 dias comendo e dormindo mal", disse. Nenhuma colega saiu em sua defesa.
Um dos critérios estipulados pelo Ministério do Esporte para a concessão da bolsa é que o atleta esteja entre os 20 primeiros do ranking mundial. A CBAt esperou o fim do Mundial para fazer esta checagem e encontrou 15 atletas nesta condição. A entidade negociou previamente com o Ministério do Esporte para que os revezamentos que terminassem entre os oito primeiros do Mundial também fossem contemplados.
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Maria Clara e Carol formam uma dupla há dez anos, mas, como são irmãs, jogam juntas há 26 anos, idade de Carol (Maria Clara é quatro anos mais velha). Neste domingo (26), elas faturaram o primeiro grande título delas, no Grand Slam de Moscou. As filhas de Izabel só tinham uma taça internacional na carreira, de um Open, ganhada em 2008. Na Rússia, conquistaram o quinto pódio delas no ano. Divulgação/FIVB
E é aí que vem a brecha. No entender da CBAt, o revezamento não terminou entre os oito primeiros. Isso porque, a classificação oficial do Mundial dá o Brasil como desclassificado na final do revezamento 4x100m feminino. A Jamaica foi campeã, os EUA terminaram em segundo, a Grã-Bretanha em terceiro, a Alemanha em quarto, a Rússia em quinto e o Canadá em sexto. Brasil e França não tiveram classificação, mesmo chegando entre os oito que disputaram a final.
Os recursos do Bolsa Pódio saem do Orçamento Geral da União (dois terços do total) e das estatais que patrocinam as confederações (um terço). Por isso a CBAt tem que submeter a lista de contemplados para o COB, o Ministério do Esporte e a Caixa Econômica Federal.
Na lista, incluiu Franciela e Ana Cláudia Lemos, porque ambas atendem ao critério de estar entre as 20 melhores do ranking mundial dos 100m. Também listou os atletas do revezamento 4x400m masculino, que foi sétimo colocado na final. Mas deixou de fora a equipe feminina. Na prática, era melhor elas terem passado o bastão com calma e terminado em último.
Com a decisão de não indicar o revezamento para a Bolsa Pódio, porém, também são punidas as demais integrantes da equipe: Evelyn dos Santos, que abriu o revezamento, e Rosângela Santos, titular do time, que correu na semifinal do Mundial, mas que não conseguiu participar da final. Com lesões na sola dos pés, deu lugar a Vanda.

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