terça-feira, 8 de julho de 2014

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semifinal

Todos por Neymar: é o lema do Brasil contra a Alemanha

Contra a seleção mais técnica da Copa, os jogadores brasileiros terão de dar um jeito de compensar a chorada ausência do seu camisa 10
08/07/2014 | 00:06 |


Neymar foi a essência da seleção brasileira nos dois últimos anos. E cada jogador precisará dar um pouco de si para suprir a ausência do craque do time no jogo em que o Brasil decide a primeira vaga na final da Copa, hoje, às 17 horas, contra a Alemanha, no Mineirão.
Mudança
Corte de Neymar mexe com mercado publicitário
O corte de Neymar obrigou Felipão e os marqueteiros a uma guinada rápida de estratégia. Enquanto o treinador remontou a seleção sem seu craque, agências produziram campanhas às pressas para dar apoio ao mais valioso garoto-propaganda da Copa. O atacante chegou ao Mundial com 16 patrocinadores pessoais. Dez deles lançaram novas ações nas primeiras 24 horas após a contusão. Guaraná Antárctica e Castrol ainda criaram canais para que o torcedor enviasse sua mensagem ao jogador.
Ontem, a Loducca, agência que havia lançado a hashtag #somostodosmacacos, encampada pelo atacante contra o racismo, adaptou o mote à contusão do camisa 10. #somostodosNeymar virou um site em que é possível fazer o download de uma máscara do jogador. Neymar terá prejuízo com a contusão. A Nike pagaria bônus ao atacante caso ele estivesse em campo em todas as partidas do torneio e acabasse a disputa como artilheiro.
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A substituição do camisa 10, fora do torneio com uma fratura na terceira vértebra lombar, vai além da simples definição de um novo titular. Implica um novo desenho para o time, a mudança de função de algumas peças e outras assumirem responsabilidades antes concentradas no atacante.
“O Neymar, nas suas manifestações, fez com que os outros entendessem que a parte dele estava feita. Agora é a nossa parte que temos de fazer. Vamos jogar por nós, pelo nosso país e um pouco de cada um de nós pelo Neymar”, afirmou Luiz Felipe Scolari.
O treinador já fez a parte mais simples: escolher quem entra no time. O anúncio será feito uma hora antes do jogo, no limite permitido pela Fifa. Duas opções são as mais prováveis. A primeira, com a entrada de Willian e a permanência do esquema 4-2-3-1. A segunda, com Paulinho mantido no time ao lado de Luiz Gustavo e Fernandinho, um trio de volantes protegendo o avanço dos laterais (Daniel Alves voltaria a ser titular) e Oscar centralizado, atrás de Hulk e Fred.
Algumas mudanças servem às duas alternativas. Oscar sairá do lado do campo. Será o homem centralizado, com liberdade para encostar em Fred e menos obrigação de marcar. É o que Neymar fazia. Caberia aos dois ou três volantes cumprir a função defensiva do maior ladrão de bola da seleção no torneio, hoje de Oscar.
No ataque, o peso de fazer os gols, antes de Neymar, será repassado a Fred e Hulk. Embora recebam elogios de Felipão por sua função tática, ambos têm sido criticados pelo baixo desempenho. Fred fez apenas um gol em 11 arremates. Hulk finalizou mais até que Neymar nos mata-matas (8 a 6), mas ainda está em dívida pelo erro que resultou no gol do Chile e no pênalti perdido na decisão da vaga. Se jogar, Willian incorpora a velocidade que caracteriza o jogo do camisa 10, porém pela direita.
“Se eu jogar com três volantes, uma das condições é dar mais liberdade aos laterais. Com dois homens de marcação no meio, há menos liberdade, mas acrescento alguma situação diferente para causar algum prejuízo à Alemanha”, diz Felipão.
Porém, há um jogador que terá a obrigação de substituir dois ausentes. Alçado imediatamente a queridinho da torcida, o zagueiro David Luiz ainda assumirá a braçadeira de capitão de Thiago Silva, suspenso. Será de direito o líder que já era de fato. Um “reserva” que terá seu momento especial contra os alemães.
“Conversamos sobre o que é ser reserva. É ser alguém especial para um momento especial. Este é um momento especial. Às vezes é mais importante do que aquele que está jogando, pois pode fazer a diferença”, disse Felipão, abrindo parte do trabalho motivacional pré-jogo. Uma estratégia que, para ter sucesso, depende de cada um ser um pouco Neymar no Mineirão.




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