quinta-feira, 19 de julho de 2012

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Infecção hospitalar fecha UTI da Santa Casa de Ponta Grossa
DATA: Quinta-Feira, 19 de Julho de 2012

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Ponta grossa está fechada desde o dia 13 de julho. O motivo, segundo um documento enviado pelo hospital para a 3º Regional de Saúde, é a presença de bactérias multirresistentes nos leitos. O Ministério Público diz que irá investigar a situação.

O documento enviado afirma que os leitos estão infectados e um serviço de controle de resistência está sendo feito para conter os agentes que contaminaram o local. “Medidas estão sendo tomadas para que os pacientes possam ser recebidos com segurança”, diz o documento.

Segundo o diretor da 3º Regional de Saúde, Jaime Alberti Gomes, três dos 12 leitos da UTI já foram desinfetados. “Liguei no Hospital Santa Casa e eles me informaram que enquanto todos os leitos não forem liberados, a UTI permanecerá fechada sem receber nenhum paciente”, afirma.

As pessoas internadas nos leitos de UTI, de acordo com a Regional de Saúde, ainda permanecem no local. “As pessoas que apresentam melhora estão sendo levadas para outras alas do hospital e, dessa forma, o controle de desinfecção está sendo feito”.

De acordo com Gomes, por enquanto, não há filas de pessoas que precisem da UTI. “Nós não temos nenhum registro de filas, as pessoas que precisarem de leitos estão sendo encaminhadas para hospitais de Ponta Grossa e também de Curitiba ou Campo Largo onde tenha leitos disponíveis”, afirma.

O Jornal Diário dos Campos tentou contato com o diretor administrativo da Santa Casa, Flávio Kaiber, mas ele estava em uma reunião e não atendeu às ligações.

Investigação

O Ministério Público de Ponta Grossa vai investigar a situação dos leitos de UTI do hospital. “Nós vamos ver o que está acontecendo, verificar essa questão das bactérias, mas a nossa preocupação tem sido muito grande em relação à falta de leitos na cidade. Ponta Grossa precisa se precaver e ter mais leitos de UTI para evitar a transferência dos doentes para outras cidades”, afirma o Promotor Público, Fuad Faraj.

Leitos

Segundo o promotor, Ponta Grossa precisa receber mais leitos em hospitais de alta complexidade. “Não sei relatar quantos leitos, mas o grande problema não é a quantidade e sim os locais em que eles precisam estar instalados. Os hospitais de alta complexidade têm um déficit muito grande de leitos de UTI e o problema não é de hoje”, diz Fuad Faraj.

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