segunda-feira, 19 de agosto de 2013

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Negligência dos pais coloca muitas crianças em abrigos

Edilene Santos Fale com o repórter
Publicado em: 18/08/2013 - 00:00 | Atualizado em: 17/08/2013 - 12:23
Fábio Matavelli
Até dezembro, os Conselhos devem ser descentralizados e funcionar em imóveis na sua área de abrangência


A negligência dos pais é um dos principais motivos que leva o poder público a retirar as crianças de suas casas para serem abrigadas em instituições. É o que mostram os dados divulgados pelos Conselhos Tutelares de Ponta Grossa. Somente o Conselho que atua na região Oeste (Bairro Nova Rússia e adjacências) retirou 116 crianças e adolescentes de seus lares nos primeiros seis meses do ano. Apenas em julho, foram registrados 40 abrigamentos.
Um exemplo típico desse tipo de situação aconteceu na quarta-feira e foi noticiado pelo DC na edição de quinta-feira. Três meninos – com um, dois e quatro anos de idade – foram encontrados sozinhos, dentro de casa, sendo “cuidados” por uma garota de 12 anos. O Conselho Tutelar esteve na casa das crianças, no Residencial Roma, ao receber denúncia de que o menino mais novo quase foi atropelado. Ao chegar à moradia, a equipe do Conselho deparou-se com as crianças brincando com esmalte. Além disso, uma delas tinha marcas de agressão no rosto.
A presidente do Conselho Tutelar Oeste, Camila De Bortoli, informou, na sexta-feira, que os meninos continuam num abrigo. O futuro deles depende agora da Justiça.
Ela lembra que no mês passado o número de crianças retiradas de suas famílias e encaminhadas para abrigo aumentou bastante em relação aos outros meses do ano. Camila justifica que o fator principal foram as férias escolares. “Nesse período, meninos e meninas ficam em casa porque não têm aula. Alguns não têm por quem ser cuidados e acabam até ficando nas ruas. Vale lembrar que fez muito frio em certos dias”, diz Camila.
Por outro lado, nesses casos, é preciso ressaltar que o governo também tem sua parcela de culpa por não disponibilizar creches. “O Município ainda não tem serviço de contraturno, nem escola em período integral. São opções para as mães poderem trabalhar e ter onde deixar seus filhos. Existem projetos do governo federal para tentar sanar esse problema e o Município terá de cumprir as metas”, comenta a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Silvonete Aparecida Soares. A Prefeitura já anunciou que pretende ampliar as vagas nos Centros Municipais de Educação Infantil e implantar escolas de ensino integral.
Essa lacuna hoje desencadeia várias situações de risco para as crianças. “Acaba colocando as crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil, pois é um cuidando do outro. Eles acabam ficando em casa sozinhos depois que o pai e a mãe saem para trabalhar. Aliás, nem sempre eles ficam na residência e acabam saindo para a rua. Então, é uma série de problemas”, observa Silvonete. Além disso, lembra a presidente do CMDA, há os riscos de acidentes domésticos e do envolvimento dos pequenos com as drogas.

LEIA A REPORTAGEM COMPLETA NA EDIÇÃO IMPRESSA DO DC

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