Rejeição de Marcelo Rangel (PPS) cresce e favorece liderança de Marcio Pauliki (PDT) e Aliel Machado (PCdoB) nas intenções de voto para a sucessão da Prefeitura de Ponta Grossa
Os deputados eleitos Marcio Pauliki (PDT) e Aliel Machado (PCdoB) são os favoritos para substituir Marcelo Rangel (PPS) na Prefeitura de Ponta Grossa. É o que aponta o possível cenário eleitoral em 2016, levantado pelo instituto IRG Consultoria e Pesquisa. De acordo com o estudo, nomes ligados a grupos de oposição ao Governo Municipal têm se fortalecido, enquanto aumenta a rejeição do prefeito.Se a disputa pela Prefeitura fosse hoje, Marcio Pauliki teria 31,04% dos votos contra 26,92% de Aliel Machado. No cenário apresentado pelo IRG, Marcelo Rangel seria o terceiro mais votado, com 18,43%, seguido do ex-prefeito Pedro Wosgrau Filho (PSDB), que obteria 12,01% do eleitorado. O levantamento também inclui o ex-vereador Edilson Fogaça (PMDB), com 5,80% – mesmo percentual dos indecisos.
A crise financeira na Prefeitura, que tem lançado sucessivas manobras para fechar o ano com as contas equilibradas, integra o questionário do IRG. O instituto perguntou aos eleitores qual dos possíveis candidatos teria condições de colocar as finanças públicas em dia. Neste cenário, Pauliki teria 32,08% dos votos e uma vantagem de seis pontos percentuais sobre Aliel. Já Rangel seria o terceiro mais votado, com uma desvantagem de 16 pontos de Pauliki e dez de Aliel.
Nenhum dos nomes incluídos no levantamento se colocou como candidato a 2016. O cenário virtual do IRG elencou lideranças de diferentes grupos políticos da cidade. Até as próximas eleições municipais, haverá muitas composições e é possível que nomes colocados como adversários na pesquisa estejam unidos na disputa.
Além dos possíveis candidatos, o questionário elencou, ainda, sete características que os ponta-grossenses esperam do próximo prefeito. Segundo IRG, a maior parte da população está preocupada com a governança e elenca uma ‘boa administração’ como principal qualidade para o sucessor de Rangel. Dos eleitores consultados, 32,29% escolher o fator ‘bom administrador’ como prioridade. Além da administração, o instituto mostra que a população cobra honestidade do próximo governo. Este aspecto recebeu 26,09% dos votos e foi o segundo destacado pelo eleitorado da cidade.
O IRG mediu, ainda, a aprovação do governo Rangel e também questionou os eleitores consultados sobre a reeleição do prefeito. Segundo o levantamento, 57,56% dos 483 eleitores consultados desaprovam a maneira que a prefeitura é administrada pelo radialista. Apenas 30,43% disseram aprovar a condução do Poder Executivo Municipal e 12,01% afirmaram não saber ou preferiram não responder a questão. Já o percentual de eleitores que não reelegeriam Rangel chegou a 67,91%, contra 30,64%.
GOVERNO
Instabilidade favorece oposições
Na avaliação do diretor do IRG, Ricieri Garbelini, a instabilidade política e financeira do governo favorece o fortalecimento da oposição. Garbelini conta que a crise nas contas públicas tem gerado desaprovação nas administrações de vários municípios pesquisados pelo instituto. “Isso tem acontecido em várias prefeituras, os municípios estão sem dinheiro para investimentos públicos, o prefeito não está fazendo grandes ações, e quando isso acontece as pessoas perdem a confiança e precisam de alguém que coloque a casa em ordem”, explica. No caso específico de Ponta Grossa, o diretor do IRG também aponta a falta de traquejo político como causa do fortalecimento da oposição. “Eu imaginava que o Marcelo estaria na frente, porque o prefeito geralmente está sempre em evidência. Mas é possível que a falta de diálogo e articulação com grupos partidários, a troca constante na equipe de governo, tenham favorecido o fortalecimento dos nomes da oposição na pesquisa”, comenta. Além da instabilidade política e econômica, Garbelini destaca ainda os impactos das eleições de outubro no possível cenário de 2016. “Os grupos da oposição estavam nas eleições, na mídia, e as pessoas ainda estão nesta onda da última eleição. Aqui em Curitiba o prefeito também está fraco e temos nomes como o do deputado federal Fernando Francischini (SD), que são oposição ao governo, bem colocados”, explica.
O QUÊ
>> Metodologia
A pesquisa estimulada do IRG foi realizada entre os dias 15 e 17 de dezembro e utilizou uma amostra de 483 eleitores de Ponta Grossa. O instituto detalhou o levantamento em uma série de segmentos e dividiu a cidade em oito setores, incluindo 57 bairros e vilas. O setor com a amostragem mais expressiva abrangeu as vilas dos bairros Boa Vista e Nova Rússia. Das 483 pessoas consultadas, 18,43% são residentes desta região. O nível de confiança do levantamento do IRG é de 95%, com uma margem de erro de 5% para mais ou para menos.
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