sexta-feira, 6 de junho de 2014

DIARIODOSCAMPOS: Vereadores são contra subsídio no transporte

Vereadores são contra subsídio no transporte

Luana Souza Fale com o repórter
Publicado em: 06/06/2014 - 00:00 | Atualizado em: 05/06/2014 - 20:33
Ônibus voltaram com 100% da frota ainda na manhã de ontem. Foto: RFodrigo Covolan


A maioria dos vereadores é contra o repasse de R$ 2,4 milhões da Câmara de Ponta Grossa para o sistema do transporte público. A proposta do subsídio foi feita pelo vereador e presidente da Casa, Aliel Machado (PCdoB), durante reunião de conciliação que aconteceu, na última quarta-feira, entre representantes da Viação Campos Gerais (VCG), do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de passageiros Urbanos Intermunicipais Fretamento e Turismo de Ponta Grossa e Região (Sintropas-PG), e da Prefeitura de Ponta Grossa, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PR), em Curitiba. O projeto de lei que autoriza o repasse deve ser votado e sancionado até o dia cinco de julho.
O encontro, que durou mais de 12 horas, chegou ao fim após a desembargadora Ana Carolina Zaina ter acatado a sugestão do vereador Aliel e também de conceder que a prefeitura fosse responsável pela manutenção dos quatro terminais de ônibus da cidade. A proposta do repasse foi aceita no TRT pelo secretário de Planejamento, João Ney Marçal e também pelo presidente da Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT), Eduardo Kalinoski - que estavam no encontro - e ainda pela VCG. O prefeito Marcelo Rangel (PPS) também estava em Curitiba, mas não participou da reunião. Com isso, a greve dos motoristas e cobradores - que durou 17 dias - chegou ao fim.
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Prefeito é contra a proposta
O prefeito Marcelo Rangel diz que não é a favor do subsídio. Segundo ele, o que pode ser viável é a prefeitura assumir a manutenção dos terminais, pois já era um projeto previsto no Plano de Mobilidade Urbana. "Com relação ao repasse, nós vamos acatar a decisão da Justiça, porém eu não concordo em destinar R$ 2,4 milhões para uma empresa. Esse dinheiro poderia ser aplicado em obras importantes para Ponta Grossa", diz. "Mas quem decidirá isso são os vereadores, agora está nas mãos da Câmara aprovar esse repasse", completa.
A assessora de comunicação da VCG, Cristiane Dresh, comenta que o repasse é destinado, exclusivamente, para subsidiar os custos da tarifa. "O dinheiro não será para a empresa e sim para melhorar o transporte e desonerar a tarifa. Acredito que foi uma atitude louvável para valorizar o usuário", afirma.
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Greve corre risco de voltar
Caso o repasse não seja aprovado, o presidente do Sintropas, Ricardo Peloze, comenta que se a proposta do repasse de valores for rejeitada, atitudes deverão ser tomadas pela categoria, entre elas uma nova paralisação dos ônibus. "Lamentamos esse impasse que está ocorrendo e se houver um desacordo vamos tomar alguns rumos. Ainda não podemos entrar em desespero, mas se as datas forem vencidas e não houver um acordo, podemos reunir os trabalhadores e, quem sabe, voltar a greve", diz.
Uma das soluções para o fim da greve veio a partir da oferta da prefeitura de, na prática, desonerar parte dos gastos da empresa e assumindo os gastos com a manutenção dos quatro terminais de transporte coletivo, permitindo assim um percentual maior de reajuste aos motoristas e trabalhadores.
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