Ponta-grosssense chega ao topo das Américas
Publicado em: 09/09/2012 - 00:00 | Atualizado em: 08/09/2012 - 11:08
Expedição formada por dois ponta-grossenses e um castrense desafiou o Aconcágua, pico mais alto das Américas e um dos Sete Cumes
Uma pergunta que acompanha todos aqueles que desafiam as montanhas e tentam chegar aos pontos mais altos do planeta é "por que você decidiu subir até lá?". George Leigh Mallory, apontado como possível primeiro homem a alcançar o Everest (não conseguiu voltar, então até hoje não se sabe se de fato ele chegou ao topo), ponto mais alto da Terra, escapou desse questionamento, e com certa irritação respondeu com "porque ele (o Everest) está lá".
Os ponta-grossenses Douglas Marconi Messias Silva, Vinícius Machado e o castrense Flávio Doff Sotta também foram acometidos por esse interesse enigmático pelas alturas e decidiram escalar um dos 'Sete Cumes' (os picos mais altos de cada continente do planeta), o Aconcágua, na Argentina.
Pico localizado a 6962 metros acima do mar, de silhueta árida, o Aconcágua é o ponto mais alto das Américas, e anualmente milhares de montanhistas tentam escalá-lo. Em janeiro deste ano o trio dos Campos Gerais se dirigiu até a região dos Andes para o primeiro grande desafio em escaladas de grandes montanhas.
Até então o trio tinha como principais experiências em montanhismo escaladas na Serra do Mar e Serra dos Órgãos. Nas gélidas montanhas que escoram a Patagônia, Vinícius foi derrubado pelo mal da altitude e não conseguiu chegar ao topo, já Douglas e Flávio, apesar das dificuldades, chegaram até o cume (no dia 11 de janeiro). A dupla contrariou as estatísticas, que mostram que apenas 3% daqueles que escalam a primeira vez o Aconcágua conseguem chegar até seu ponto mais alto. Douglas, inclusive, aos 20 anos, foi um dos mais jovens a conseguir este feito.
A principal dificuldade encontrada por quem tenta subir os quase sete mil metros é o frio e os males que a altitude proporcionam. Douglas relata que a capacidade de raciocínio ficava tão prejudicada a ponte dele levar mais de 40 minutos para montar a sua barraca. "A 6100 metros a essa altitude é quase impossível dormir, há muita dificuldade para se respirar e comer então nem se fala. Nesse período fiquei aproximadamente 48 horas sem comer. Durante toda a viagem perdi sete quilos", conta Douglas.
Para piorar, na descida do cume, a dupla ainda enfrentou uma tempestade, que obrigou a equipe de resgate socorrer os montanhistas. Por conta do frio, o alpinista ponta-grossense conta que ficou cerca de um sem a sensibilidade nas pontas dos dedos.
Depois de conseguir atingir um dos Sete Cumes, os trio já tem em mente duas montanhas: Cordón del Plata, também na Argentina e próximo do Aconcágua; e o Huayna Potosí, na Bolívia. Mais adiante, quem sabe um dia, realizar o sonho de atingir o Everest.
A respeito da pergunta que os persegue, assim como a todos os montanhistas, Douglas tem duas justificativas. "Primeiro, quando você está aqui, longe da montanha, a principal motivação para subi-la é porque todos estão duvidando, para provar mesmo, testar os limites. Já quando se está subindo, é mais complicado encontrar uma resposta. A tua cabeça só pensa em chegar no cume".
Acervo Pessoal |
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Douglas Marconi chegou ao topo do Aconcágua em sua primeira subida em alta montanha |
Uma pergunta que acompanha todos aqueles que desafiam as montanhas e tentam chegar aos pontos mais altos do planeta é "por que você decidiu subir até lá?". George Leigh Mallory, apontado como possível primeiro homem a alcançar o Everest (não conseguiu voltar, então até hoje não se sabe se de fato ele chegou ao topo), ponto mais alto da Terra, escapou desse questionamento, e com certa irritação respondeu com "porque ele (o Everest) está lá".
Os ponta-grossenses Douglas Marconi Messias Silva, Vinícius Machado e o castrense Flávio Doff Sotta também foram acometidos por esse interesse enigmático pelas alturas e decidiram escalar um dos 'Sete Cumes' (os picos mais altos de cada continente do planeta), o Aconcágua, na Argentina.
Pico localizado a 6962 metros acima do mar, de silhueta árida, o Aconcágua é o ponto mais alto das Américas, e anualmente milhares de montanhistas tentam escalá-lo. Em janeiro deste ano o trio dos Campos Gerais se dirigiu até a região dos Andes para o primeiro grande desafio em escaladas de grandes montanhas.
Até então o trio tinha como principais experiências em montanhismo escaladas na Serra do Mar e Serra dos Órgãos. Nas gélidas montanhas que escoram a Patagônia, Vinícius foi derrubado pelo mal da altitude e não conseguiu chegar ao topo, já Douglas e Flávio, apesar das dificuldades, chegaram até o cume (no dia 11 de janeiro). A dupla contrariou as estatísticas, que mostram que apenas 3% daqueles que escalam a primeira vez o Aconcágua conseguem chegar até seu ponto mais alto. Douglas, inclusive, aos 20 anos, foi um dos mais jovens a conseguir este feito.
A principal dificuldade encontrada por quem tenta subir os quase sete mil metros é o frio e os males que a altitude proporcionam. Douglas relata que a capacidade de raciocínio ficava tão prejudicada a ponte dele levar mais de 40 minutos para montar a sua barraca. "A 6100 metros a essa altitude é quase impossível dormir, há muita dificuldade para se respirar e comer então nem se fala. Nesse período fiquei aproximadamente 48 horas sem comer. Durante toda a viagem perdi sete quilos", conta Douglas.
Para piorar, na descida do cume, a dupla ainda enfrentou uma tempestade, que obrigou a equipe de resgate socorrer os montanhistas. Por conta do frio, o alpinista ponta-grossense conta que ficou cerca de um sem a sensibilidade nas pontas dos dedos.
Depois de conseguir atingir um dos Sete Cumes, os trio já tem em mente duas montanhas: Cordón del Plata, também na Argentina e próximo do Aconcágua; e o Huayna Potosí, na Bolívia. Mais adiante, quem sabe um dia, realizar o sonho de atingir o Everest.
A respeito da pergunta que os persegue, assim como a todos os montanhistas, Douglas tem duas justificativas. "Primeiro, quando você está aqui, longe da montanha, a principal motivação para subi-la é porque todos estão duvidando, para provar mesmo, testar os limites. Já quando se está subindo, é mais complicado encontrar uma resposta. A tua cabeça só pensa em chegar no cume".
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