Roberto Jefferson foi condenado pelo relator do mensalão, Joaquim Barbosa, por corrupção e lavagem de dinheiro
Foto: Fábio Teixeira/Futura Press
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Presidente do PTB e delator do esquema do mensalão, o ex-deputado Roberto Jefferson usou seu blog nesta segunda-feira para criticar a defesa que o PT faz do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao tentar desvinculá-lo das acusações de pagamentos a parlamentares em troca de apoio político. "Lula defende o PT, mas não fala nada de Marcos Valério; o PT defende Lula com sua velha tese golpista, carapuça que serve a todos e a qualquer um. A moeda de troca, aqui, é o discurso", escreveu.
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Jefferson - que foi condenado pelo relator do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro -, comentou a participação e Lula em um evento de campanha do PT na cidade de Santo André (SP) no último fim de semana. "Mesmo depois de ser arrastado, por Marcos Valério, para o meio do julgamento do mensalão, Lula não abandonou seus adorados palanques", disse o ex-deputado ao fazer referência a reportagem publicada pela revista Veja em que o empresário acusaria Lula de envolvimento no mensalão. "O discurso (de Lula) serviu menos para o candidato e mais para o partido. Lula defendeu o PT, depositando em sua conta até a democracia brasileira. A defesa do PT foi o contraponto de Lula à defesa que o partido já havia feito do ex-presidente, em nota assinada inclusive pelos partidos aliados", afirmou ao citar documento divulgado na semana passada em que o PT e siglas da base aliada criticam a utilização política do julgamento do mensalão no período eleitoral. Jefferson é um dos 37 réus da ação penal do mensalão, que está sendo julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi o pivô das denúncias do suposto esquema de compra de votos por parlamentares do PT, em 2005. Na sessão de hoje, o ministro revisor do processo, Ricardo Lewandowski, deve apresentar seu voto sobre as acusações contra Jefferson por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O mensalão do PT
Em 2007, o STF aceitou denúncia contra os 40 suspeitos de envolvimento no suposto esquema denunciado em 2005 pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB) e que ficou conhecido como mensalão. Segundo ele, parlamentares da base aliada recebiam pagamentos periódicos para votar de acordo com os interesses do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Após o escândalo, o deputado federal José Dirceu deixou o cargo de chefe da Casa Civil e retornou à Câmara. Acabou sendo cassado pelos colegas e perdeu o direito de concorrer a cargos públicos até 2015.
No relatório da denúncia, a Procuradoria-Geral da República apontou como operadores do núcleo central do esquema José Dirceu, o ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, e o ex- secretário-geral Silvio Pereira. Todos foram denunciados por formação de quadrilha. Dirceu, Genoino e Delúbio respondem ainda por corrupção ativa.
Em 2008, Sílvio Pereira assinou acordo com a Procuradoria-Geral da República para não ser mais processado no inquérito sobre o caso. Com isso, ele teria que fazer 750 horas de serviço comunitário em até três anos e deixou de ser um dos 40 réus. José Janene, ex-deputado do PP, morreu em 2010 e também deixou de figurar na denúncia.
O relator apontou também que o núcleo publicitário-financeiro do suposto esquema era composto pelo empresário Marcos Valério e seus sócios (Ramon Cardoso, Cristiano Paz e Rogério Tolentino), além das funcionárias da agência SMP&B Simone Vasconcelos e Geiza Dias. Eles respondem por pelo menos três crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
A então presidente do Banco Rural Kátia Rabello e os diretores José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório foram denunciados por formação de quadrilha, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. O publicitário Duda Mendonça e sua sócia, Zilmar Fernandes, respondem a ações penais por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O ex-ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) Luiz Gushiken é processado por peculato. O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi denunciado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) responde a processo por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia inclui ainda parlamentares do PP, PR (ex-PL), PTB e PMDB. Entre eles o próprio delator, Roberto Jefferson.
Em julho de 2011, a Procuradoria-Geral da República, nas alegações finais do processo, pediu que o STF condenasse 36 dos 38 réus restantes. Ficaram de fora o ex-ministro da Comunicação Social Luiz Gushiken e do irmão do ex-tesoureiro do Partido Liberal (PL) Jacinto Lamas, Antônio Lamas, ambos por falta de provas.
A ação penal começou a ser julgada em 2 de agosto de 2012. A primeira decisão tomada pelos ministros foi anular o processo contra o ex-empresário argentino Carlos Alberto Quaglia, acusado de utilizar a corretora Natimar para lavar dinheiro do mensalão. Durante três anos, o Supremo notificou os advogados errados de Quaglia e, por isso, o defensor público que representou o réu pediu a nulidade por cerceamento de defesa. Agora, ele vai responder na Justiça Federal de Santa Catarina, Estado onde mora. Assim, restaram 37 réus no processo.
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Jefferson - que foi condenado pelo relator do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro -, comentou a participação e Lula em um evento de campanha do PT na cidade de Santo André (SP) no último fim de semana. "Mesmo depois de ser arrastado, por Marcos Valério, para o meio do julgamento do mensalão, Lula não abandonou seus adorados palanques", disse o ex-deputado ao fazer referência a reportagem publicada pela revista Veja em que o empresário acusaria Lula de envolvimento no mensalão. "O discurso (de Lula) serviu menos para o candidato e mais para o partido. Lula defendeu o PT, depositando em sua conta até a democracia brasileira. A defesa do PT foi o contraponto de Lula à defesa que o partido já havia feito do ex-presidente, em nota assinada inclusive pelos partidos aliados", afirmou ao citar documento divulgado na semana passada em que o PT e siglas da base aliada criticam a utilização política do julgamento do mensalão no período eleitoral. Jefferson é um dos 37 réus da ação penal do mensalão, que está sendo julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi o pivô das denúncias do suposto esquema de compra de votos por parlamentares do PT, em 2005. Na sessão de hoje, o ministro revisor do processo, Ricardo Lewandowski, deve apresentar seu voto sobre as acusações contra Jefferson por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O mensalão do PT
Em 2007, o STF aceitou denúncia contra os 40 suspeitos de envolvimento no suposto esquema denunciado em 2005 pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB) e que ficou conhecido como mensalão. Segundo ele, parlamentares da base aliada recebiam pagamentos periódicos para votar de acordo com os interesses do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Após o escândalo, o deputado federal José Dirceu deixou o cargo de chefe da Casa Civil e retornou à Câmara. Acabou sendo cassado pelos colegas e perdeu o direito de concorrer a cargos públicos até 2015.
No relatório da denúncia, a Procuradoria-Geral da República apontou como operadores do núcleo central do esquema José Dirceu, o ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, e o ex- secretário-geral Silvio Pereira. Todos foram denunciados por formação de quadrilha. Dirceu, Genoino e Delúbio respondem ainda por corrupção ativa.
Em 2008, Sílvio Pereira assinou acordo com a Procuradoria-Geral da República para não ser mais processado no inquérito sobre o caso. Com isso, ele teria que fazer 750 horas de serviço comunitário em até três anos e deixou de ser um dos 40 réus. José Janene, ex-deputado do PP, morreu em 2010 e também deixou de figurar na denúncia.
O relator apontou também que o núcleo publicitário-financeiro do suposto esquema era composto pelo empresário Marcos Valério e seus sócios (Ramon Cardoso, Cristiano Paz e Rogério Tolentino), além das funcionárias da agência SMP&B Simone Vasconcelos e Geiza Dias. Eles respondem por pelo menos três crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
A então presidente do Banco Rural Kátia Rabello e os diretores José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório foram denunciados por formação de quadrilha, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. O publicitário Duda Mendonça e sua sócia, Zilmar Fernandes, respondem a ações penais por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O ex-ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) Luiz Gushiken é processado por peculato. O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi denunciado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) responde a processo por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia inclui ainda parlamentares do PP, PR (ex-PL), PTB e PMDB. Entre eles o próprio delator, Roberto Jefferson.
Em julho de 2011, a Procuradoria-Geral da República, nas alegações finais do processo, pediu que o STF condenasse 36 dos 38 réus restantes. Ficaram de fora o ex-ministro da Comunicação Social Luiz Gushiken e do irmão do ex-tesoureiro do Partido Liberal (PL) Jacinto Lamas, Antônio Lamas, ambos por falta de provas.
A ação penal começou a ser julgada em 2 de agosto de 2012. A primeira decisão tomada pelos ministros foi anular o processo contra o ex-empresário argentino Carlos Alberto Quaglia, acusado de utilizar a corretora Natimar para lavar dinheiro do mensalão. Durante três anos, o Supremo notificou os advogados errados de Quaglia e, por isso, o defensor público que representou o réu pediu a nulidade por cerceamento de defesa. Agora, ele vai responder na Justiça Federal de Santa Catarina, Estado onde mora. Assim, restaram 37 réus no processo.
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